Baixou a guarda
Na reta final da eleição, a candidata do PT à prefeitura de Vitória, Iriny Lopes, e o candidato do PPS, Luciano Rezende (PPS), partiram para uma movimentação de dois contra um para cima do ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB). Depois de perceber a fragilidade do palanque tucano, os dois começaram a atacá-lo de forma muito dura e constante e Luiz Paulo não tem respondido com a mesma agilidade.
Para os meios políticos, o ex-prefeito vinha com uma confortável liderança quando cometeu um erro político, deixando que o ex-governador Paulo Hartung (PMDB) tomasse conta de sua campanha.
A artificialidade do prestígio político de Hartung já havia sido demonstrada em pesquisa no início do ano, quando ele tentava emplacar um palanque único, com a justificativa de que nenhum candidato teria condições de alcançá-lo na corrida eleitoral. Na época, uma pesquisa da Enquet, publicada no jornal A Tribuna, mostrou que Hartung não era essa unanimidade que pregava, o que fez com que os candidatos a prefeito investissem em suas campanhas, já certos de que não havia espaço para o ex-governador.
Mesmo assim, Luiz Paulo, que já havia entrado em um perigoso jogo de “já ganhou”, adotou Hartung no início de setembro e aí começou a cair. Ao mesmo tempo, Luciano Rezende e Iriny Lopes entraram em campo de forma mais efetiva, mudando suas estratégias e ganhando espaço. Luciano se manteve e Iriny cresceu.
Agora os adversários partem para cima, a poucos dias da eleição, numa demonstração de que o segundo turno não vai ser nada fácil para o tucano. E aí não vai ter mais a justificativa de que é ataque de candidato nanico que entrou na disputa só para bater nele. Vai ser briga de cachorro grande. Se baixar a guarda novamente, corre o risco de essa não ser uma disputa por pontos e sim por nocaute.
Fragmentos:
1 – Nas redes sociais, o grupo da candidata Iriny Lopes (PT) partiu para guerra contra o candidato Luiz Paulo Vellozo Lucas, relembrando a CPI da Lama, um ponto delicado da administração tucana na prefeitura de Vitória.
2 – A lembrança é um sinal de que o assunto deve vir à tona com força no segundo turno. Para piorar a situação no palanque tucano, o julgamento de Sebastião Pagotto, como mandante do assassinato do advogado Marcelo Denadai, está marcado para 10 de outubro.
3 – A CPI da Lama, que foi barrada pela Justiça na administração Luiz Paulo, investigava contratos de Pagotto com a prefeitura de Vitória para a limpeza de galerias.
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