Desde a posse dos novos prefeitos, quem vem se destacando na imprensa com uma massificação de manchetes é o novo prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda (DEM). O demista traçou uma estratégia que segue a linha da gestão Paulo Hartung e vem conseguindo emplacar diariamente matérias positivas sobre sua gestão.
Mas os fatores que garantem sua visibilidade vão além do que ele chama de choque de gestão. Começa pela indisposição da mídia com o ex-prefeito Neucimar Fraga (PR). Mesmo fazendo medidas questionáveis, como a redução de cinco secretarias e a avaliação de que havia cargos demais na prefeitura, mesmo prometendo recontratar quase o mesmo contingente, suas ações são vistas como a salvação da lavoura.
Ao mesmo tempo, a prefeitura da Capital, comandada por Luciano Rezende (PPS) não tem conseguido a mesma visibilidade. O prefeito de Vitória adotou uma postura mais cautelosa, menos midiática, o que vem fazendo com que sua administração não ganhe tanto espaço na mídia.
Essa postura também pode ser explicada pela indisposição dos veículos de comunicação com prefeito, quando ele ainda era candidato. Tanto na disputa de 2012 quanto na de 2008 a tessitura dos textos de parte da imprensa estava impregnada da tentativa de desidratação ao então candidato. Como Rodney sempre foi o queridinho dessa parte da imprensa, ganha muito mais visibilidade que o prefeito da Capital.
Com uma linha bastante populista, Juninho ganha visibilidade não exatamente pela gestão, mas pela forma como se movimenta bem com o eleitorado de Cariacica. Seja na página de política, visitando hospital ou na página de Esportes, como jogador de futebol, ele consegue garantir os holofotes com o carisma, enquanto isso, resta a dúvida sobre como está sendo comandada a administração.
Mas é preciso ficar atento a algumas exposições excessivas, essa estratégia de vender o que se quer vender e esconder o que não se quer mostrar foi que manteve ileso o governo Paulo Hartung em seus dois mandatos. Mas se há um produto para se vender e um vendedor, é preciso também que haja o comprador. E esse tem sido o papel de parte da imprensa capixaba, infelizmente.
Fragmentos:
1 – Em Guarapari, a eleição tem propaganda eleitoral na TV e o efeito disso na curta disputa extemporânea divide opiniões. Há quem defenda que mesmo com baixa audiência a TV influi e pode ser decisiva para o resultado da eleição.
2 – Outros defendem que nada vai mudar o fato de que o eleitor está mais preocupado com o verão do que com a nova disputa. Realmente parece estar difícil abordar o eleitor e apresentar propostas.
3 – A nova disputa em Guarapari tem tudo que uma eleição tem direito, impugnação, denúncia, disputa acirrada. Parece que acontece tudo em tempo recorde.