As fundações do PT e da CUT surgiram com movimentos clandestinos, devido ao processo de ditadura militar pelo qual o País passou. Isso pegou nos sindicatos, na época, a pelegada quando descobria um trabalhador com tendência sindical que ameaçava o emprego dele, era negociado com o patrão sua demissão. O sindicato era tão afinado com o patronato e com o governo que não permitia que o movimento deslanchasse.
Isso ocorreu durante uns 30 anos. Foi apenas da década de 1990 para cá que o CUT ganhou corpo e amenizou essa situação. Mas ficou por aí, porque os companheiros hoje continuam enfrentando as mesmas perseguições dentro das empresas. Se um companheiro sinaliza alguma insatisfação com a direção do sindicato, já corre o risco de o sindicato negociar sua cabeça com a empresa.
A coluna sabe que os sindicatos cutistas não fazem isso, mas que tem sindicato fazendo, tem. A coluna tomou conhecimento de uma dessas negociações. O representante de um determinado sindicato negociou a demissão de um trabalhador perto de um outro companheiro.
Mas não sabia que esse companheiro havia gravado a conversa e agora está tudo em CD. Como esse tal sindicato vai passar por eleição esse ano, a sociedade vai acabar sabendo do que estamos falando, e em breve.
As práticas antidemocráticas devem ser combatidas em qualquer instância e em qualquer espaço de debate. A sociedade brasileira já avançou demais para permitir esse tipo de ação. Ainda mais dentro do sindicato, que é onde deve se exercer a prática da luta de classe, com a defesa da classe trabalhadora, dos menos favorecidos e da melhoria de condição de vida da sociedade em geral.
Em um país em que se cassa prefeito, deputado, cria-se tese jurídica para prender sem provas, não se olha para dentro das categorias menores ou de representação do trabalhador. Não há outro nome para esse tipo de prática senão crime e crime tem que ser punido.
Democracia neles!