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Ele não liga

Em seus dois primeiros mandatos, o governador Paulo Hartung chegou a ser chamado de imperador, dada a forma como lidava com a classe política. Graças a um tal arranjo institucional, ele conseguiu colocar sob sua bota as lideranças políticas, instituindo o nefasto conceito de unanimidade no Espírito Santo.

Depois de quatro anos fora do governo, mas não fora das articulações políticas, o governador retorna ao Palácio Anchieta preparando-se para voos mais altos, em direção ao Planalto Central. Hoje o arranjo é diferente, a unanimidade não se sustenta, o constante estado de tensão ao qual a classe política foi submetida aliviou e o cenário eleitoral é outro. Mas Hartung continua comandando a política capixaba sem ser incomodado.

Os servidores, os estudantes e a sociedade em geral pode fazer o que for para mostrar a insatisfação com os desmandos do governo, mas não adianta, ninguém vai ouvir. Recentemente, o governador disse em entrevista à mídia nacional que houve uma negociação constante com os servidores, o que na verdade nunca aconteceu, mas ninguém questiona.

A impressão é que Hartung criou uma imagem no passado e hoje mesmo não tendo mais o mesmo poder de fogo que tinha no passado, ele ainda vive da projeção dessa imagem. Com uma imprensa sempre amiga, incapaz de questionar qualquer tipo de pressão ou interpretação negativa dos atos vindos Palácio Anchieta, o governador consegue fortalecer esse holograma de seu poder do passado, um discurso encampado pela imprensa nacional.

Com isso, o governador mantém seu controle agora com menos esforço. Faz de conta que não ouve as insatisfações de parte da população. Ignora a capacidade de discernimento de parte da população, dizendo que não perdeu eleição porque não disputou. Chega ao ponto de desafiar a encontrar DNA seu em disputas que obviamente se envolveu.

Talvez para estudar o momento político de Hartung no Estado, tenhamos que recorrer ao filósofo francês Jean Baudrillard, afinal o Estado vive hoje distante da realidade, um verdadeiro simulacro de governo.

Fragmentos:

1 –  O Projeto de Resolução (PR) 49/2015,  de autoria do deputado Sérgio Majeski (PSDB), prevê a obrigatoriedade da divulgação das votações nominais no site oficial da Assembleia Legislativa. É o mínimo que se pede aos parlamentares.

2 – Os candidatos da Serra assinaram pacto de não agressão nessa quinta-feira (20), mas pelo visto as redes sociais ficaram fora do acordo. Nesta sexta (21), os ataques estão vindo de todos os lados.

3 – O mercado de pesquisas eleitorais, neste segundo turno das disputas ficou fraco. E olha que há disputas nos quatro maiores municípios da Grande Vitória: Serra, Cariacica, Vila Velha e Vitória.

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