
Em 2016, Amaro Neto (SD)…
…ganhou, mas, parece, ainda não sabe que ganhou. O deputado estadual Aumentou exponencialmente seu capital político após a disputar a Prefeitura de Vitória, em que obteve votação fenomenal. Mas ainda não conseguiu se encontrar: seu desempenho na Assembleia se mantém sofrível. Mas se tomar um rumo, será um fantasma a rondar os tubarões da política capixaba.
Em 2016, Paulo Hartung (PMDB)...
…aproveitou como ninguém a combinação entre o implacável ajuste fiscal que está aplicando no Espírito Santo e a debacle financeira que grassa entre os estados brasileiros: é festejado Brasil afora não como um governador, mas como um guru da crise. Para Hartung, nada mais reluzente que o caos.
Em 2016, Sérgio Vidigal (PDT)…
…conheceu uma derrota das indigestas. A segunda consecutiva no próprio reduto eleitoral, a Serra, e para sua própria criatura, o reeleito Audifax Barcelos (Rede). O deputado federal era o favorito, terminou a primeira etapa na dianteira, mas sofreu uma virada na reta final da campanha. A derrota complicou sua vida para 2018, quando deve tentar a reeleição para a Câmara.
Em 2016, Theodorico Ferraço (DEM)…
…levou uma surra das urnas: seus candidatos perderam em Cachoeiro de Itapemirim, Itapemirim, Marataízes, Piúma e Presidente Kennedy. E ainda terminou o ano com a reeleição para a presidência da Assembleia sob ameaça. A coisa só não foi pior porque o deputado federal Max Filho (PSDB) foi eleito em Vila Velha, o que abriu a vaga para a esposa de Ferraço, Norma Ayub (DEM) – que perdera a eleição em Itapemirim.
Em 2016, Marcelo Santos (PMDB)…
…foi inacreditável. Estava com a vitória nas mãos na eleição para a Prefeitura de Cariacica até os 40 minutos do segundo tempo. Aí veio um até hoje mal explicado atentado a tiros na Rodovia do Contorno contra o veículo do deputado estadual. Aqui, Marcelo começou a sentir o gosto da segunda derrota consecutiva para Juninho (PPS).
Em 2016, Rodney Miranda (DEM)…
…nem conta. Pagou caro pela viagem a Nova Iorque em dezembro de 2013 enquanto Vila Velha desaparecia sob as águas de chuvas violentíssimas. Nem Hartung, que, após ser eleito governador, prometeu ser o segundo prefeito de Vila Velha, conseguiu reerguê-lo.
Em 2016, Gildevan Fernandes (PMDB)…
…perdeu feio. O deputado estadual e líder do governo Paulo Hartung (PMDB) não conseguiu tirar proveito da máquina e perdeu a disputa para a Prefeitura de Pinheiros, em que apoiou o cunhado, Tico Gagno (PMDB). Perder não só a prefeitura que já administrou mas, sobretudo, sair derrotado no principal reduto eleitoral é péssimo sinal para as eleições de 2018, que estão logo ali.
Em 2016, Erick Musso (PMDB)…
…também perdeu feio. Tal e qual a Gildevan Fernandes (PMDB) pouco adiantou a qualidade de líder do governo na eleição de Pinheiros, Erick Musso nada aproveitou da qualidade de vice-líder em Aracruz. O pior é que Musso não apoiou ninguém: ele mesmo disputou e, não apenas levou Paulo Hartung para o palanque, como também levou o ex-governador Renato Casagrande (PSB). Um palanque de peso que engrandeceu a derrota.
Em 2016, Namy Chequer (PCdoB)…
…protagonizou cenas lamentáveis. Pagou caro por uma adesão incondicional ao prefeito Luciano Rezende (PPS) primeiro como líder do governo, depois como presidente da Câmara. O ato de anular o incisivo relatório da CPI do Pó Preto selou seu destino: não adiantou andar para cima e para baixo ao lado de Luciano durante a campanha. O comunista ficou pelo caminho.
Em 2016, o PT…
…terminou o ano com apenas um prefeito, Alencar Marim (PT), em Barra de São Francisco. Em Vitória, após anos, ficou sem nenhum vereador. Suas lideranças se esconderam, vide o ex-prefeito de Vitória João Coser e o ex-prefeito de Cariacica Helder Salomão. O único que enfrentou as adversidades com bravura foi Givaldo Vieira, que perdeu na Serra, mas caiu de pé. Um ano melancólico, enfim.
Em 2016, Almir Vieira (PRP)…
…melhor nem comentar. O deputado estadual de Anchieta se candidatou a prefeito no próprio reduto e saiu com indecorosos 163 votos.
Pensamento
A política é a habilidade de prever o que vai acontecer amanhã, na semana que vem, no mês que vem e no ano que vem. E ter a habilidade de explicar depois por que nada daquilo aconteceu. Winston Churchill