Segunda, 29 Abril 2024

Escolha do PT

O processo eleitoral para a escolha do novo presidente do PT ainda está longe, será em dezembro de 2013, mas até lá o partido precisa resolver sua crise existencial. O PT passa por um momento de transição.



Enquanto um grupo ligado à deputada federal Iriny Lopes luta para manter os ideais que deram a linha mestra da criação do partido, outro grupo, ligado ao prefeito de Vitória João Coser, tenta seguir uma nova configuração mais próxima da que hoje é praticada pelo PT nacional.



Desde que o partido chegou à presidência da República no início dos anos 2000, sua prática política está bem diferente. Em nome da governabilidade, o PT abriu mão de alguns de seus ideais, fez alianças antes impensadas e pagou um alto preço por isso, é verdade, mas vem se mantendo no poder e a reeleição da presidente Dilma Rousseff é uma conquista tida como inabalável.



No Estado, o grupo ideológico perdeu. Os prefeitos eleitos pelo partido são ligados ao grupo do prefeito João Coser, que também domina internamente o PT. A tendência é de que ele consiga manter o controle do partido na eleição do próximo ano.



Já Iriny tenta fazer uma reflexão sobre os caminhos que o partido está tomando. Ao afastar-se de suas bandeiras antigas, o PT se perdeu nos caminhos da “política de coalizão”. Mas um retorno às origens também já não é possível. A prática política dos primórdios do PT já é superada.



Quando o presidente da sigla no Estado José Roberto Dudé – ligado a Coser – diz à imprensa que defende o consenso na eleição do partido, na verdade está dando o direcionamento sobre qual o caminho que resta ao partido: seguir a linha do PT Nacional e intensificar o sistema de articulação para garantir os espaços políticos.



Mas a eleição no PT é direta e o grupo de Coser precisa convencer a militância de que esse sistema, que não trouxe os melhores resultados do mundo na última eleição, é o caminho correto. Será que consegue?



Fragmentos:



1 – Rose de Freitas (PMDB) é uma liderança nacional que tem interlocução do governo Dilma e que é pouco utilizada pelo governo do Estado na mediação de conflitos. Por quê?



2 – Outro nome que apesar das vias nada ortodoxas de fazer política tem proximidade com a presidente é Magno Malta (PR), que também não é acionado, assim como a ex-ministra Iriny Lopes (PT).



3 – Em vez de ficar choramingando por pelo leite derramado, não seria a hora de o Espírito Santo utilizar os mecanismos que outros estados pequenos utilizam?

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