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Falta coerência

O movimento sindical no Espírito santo está encurralado para fazer as mudanças que o Partido dos Trabalhadores precisa. A corrente petista que é ligada ao movimento, que é a Construindo um Novo Brasil (CNB), tem como liderança máxima no Estado, o deputado estadual Nunes, que aparece nas redes sociais abraçado com Neucimar Fraga (PSD), em Vila Velha.

Na Serra, o vereador Aécio Leite abraça Sérgio Vidigal (PDT), o deputado federal que votou a favor do impeachment da presidente Dilma. O partido pensa pragmaticamente, afinal, se Vidigal se eleger na Serra, Iriny Lopes vira deputada federal. Uma troca suja. Você aceita um mandato de deputado federal, em troca do apoio a um nome que vai contra tudo aquilo que o partido precisa construir neste momento.

Outra parte das lideranças está com o prefeito Audifax Barcelos (Rede). Ele e Neucimar Fraga fazem a linha de difamação do partido, sobretudo nas redes sociais, afirmam sem nenhum constrangimento que todo petista é ladrão, mas na hora de buscar votos, abraçam as lideranças do partido.

Vale a ressalva para o deputado federal Givaldo Vieira, que após a derrota no primeiro turno, decidiu não apoiar nenhum dos nomes na disputa à prefeitura da Serra. Em Vitória, o militante que apoiar Amaro Neto (SD) pode ser punido. Mas apoiar Luciano Rezende pode? Se na capital o projeto deles com o PSDB não vingou, em nível nacional, os partidos estão juntinhos.

Isso sem falar na nossa bancada na Assembleia, que mesmo diante do retorno do imperialismo de Paulo Hartung – que se reuniu secretamente como golpista Michel Temer, no final de 2015, na Praia da Costa, ou seja, estava por dentro do golpe –, continua alinhado com ele.

As lideranças sindicais do PT devem entender que Lula, Dilma e outras lideranças nacionais vão passar. Mas que estamos enfrentando é o fim das conquistas sociais, que o movimento sindical e o PT tanto lutaram para construir. Não se pode jogar 30 anos de história com a classe trabalhadora em troca de pragmatismo político.

Se o PT quer reconstruir sua história, quer voltar a ser um partido que representa a classe trabalhadora, deve começar cortando na própria carne. É hora de convidar quem prioriza os projetos pessoais a se retirar não só da direção do partido, mas do próprio partido. É hora de depurar.

Coerência, por favor!

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