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Garantia de emprego

A coluna já falou em várias oportunidades da responsabilidade do movimento sindical na desordem que acontece hoje no País. Uma vez tendo conquistado o poder, a classe trabalhadora perdeu a possibilidade de garantir a interlocução com o governo, para que as mudanças na legislação trabalhista que precisam ser feitas, sejam feitas, mantendo e ampliando as conquistas. 
 
As Reformas Previdenciária e Tributária devem ser casadas com as garantias trabalhistas. Isso só poderá acontecer se houver a participação do movimento sindical. Ele é que deve orientar para qual caminho o governo federal deve seguir para não permitir que haja qualquer retrocesso para a classe trabalhadora. 
 
Além disso, o momento político em que vive o País requer uma redobrada atenção da classe trabalhadora. A direita se articula no sentido de criminalizar a movimentação da classe trabalhadora e da esquerda como um todo. Neste sentido, não se trata apenas de garantias trabalhistas, mas da democracia em si. 
 
Não dá mais para ficar focado apenas em seus problemas internos, na discussão de cada categoria, enquanto a direita vem ganhando espaço com um discurso cada vez mais reacionário. É hora de o movimento sindical ir para a rua também, um espaço que sempre foi seu, mas que agora está perdendo para a direita. 
 
Ou o movimento sindical acorda agora ou será tarde demais. A agenda que está na rua, nas mãos da direita é perigoso, pois questiona direitos fundamentais e defende a retomada de uma página trágica da história do País em que nenhum direito era garantido. 
 
O momento é de tomar partido, e defender bandeiras, antes que seja tarde de mais. Voltar à estaca zero agora não cabe mais. É para frente que se anda. 
 
Retrocesso, nunca mais!

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