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Levantando o véu

Debaixo de um boa descrição, importante lideranças políticas, até conflitantes no campo das disputas eleitorais, passaram a discutir o modelo PH de decidir as eleições, baseado no medo dos políticos que aterroriza encapsulado na figura do senhor todo poderoso da política capixaba, beneficiado, sobretudo, pela fraqueza, submissão e impotência da atual classe política.
 
Daí a descrição com que tocam esses encontros. Não há tempo e prazo. Mas há objetivos em servir de ilustração nas eleições municipais, na sua condição de parâmetro das eleições para o governo (2018).
 
Mas para alcançar o objetivo da retomada da democracia, sem submissão a uma figura que vem dispondo do futuro e todos nos últimos 12 anos, não há prazo. A Assembleia que aí está é a própria comprovação desse servilismo da classe política para com Hartung, a ponto de extrair até um parágrafo da constituição do Estado para atender interesses nebulosos do governador.
 
Também não estão em busca de travar uma disputa ferrenha com o chefe do Executivo estadual. Não é o caso. Pois a situação de pavor que tomou conta da classe política não se desfaz da noite para o dia. Pois ainda existem aqueles que dormem de luz acesa para não sonhar com o fantasma do governador. Há realmente medos ainda em níveis deploráveis, exigindo tempo para retomada do equilíbrio política de cada um.
 
Mas a iniciativa que tomam pode muito bem contagiar o ambiente político das eleições municipais, o que já seria um pulo à frente, mesmo que não altere seus resultados. A percepção da realidade, já seria por si, um avanço. Ainda mais se fossem medidas ai as possibilidades eleitorais do próprio PH com o ex-governador Renato Casagrande, sem amarras, naturalmente.
 
O que prepondera nesses que querem a retomada do processo democrático no Estado, é a busca saudável das divergências políticas que há entre seus partidos. Em iguais condições com os adversários, em lugar de colocar, como Hartung faz com o ex-governador Renato Casagrande, debaixo de um tremendo fogo cruzado, para tirá-lo antecipadamente da disputa para o governo.
 
Se for então contar o que ele PH fez com o ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), impedindo-o, em duas oportunidades, de disputar o Senado, dá bem a ideia do que o governador arma nas disputas eleitorais, numa comprovação clara da sua hostilidade à democracia.
 
Pode até ser que os que reúnem esse objetivo de retomada da democracia nas eleições no Estado não cheguem aos resultados pretendidos, mas só em quebrar o silêncio com o qual PH utiliza-se para armar suas tramas, pode repaginá-lo como realmente o é: o um artífice de uma era autoritária que mudou os rumos políticos por meio da prepotência e do artificialismo.

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