O governo interino, golpista, vem tentando emplacar uma necessidade de reforma torta na Previdência Social. Alega o governo, que há um déficit no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), de R$ 147 bilhões previstos para este ano. Pode até ser, mas esse é mais um golpe para cima da classe trabalhadora.
A ideia é acelerar o processo de reforma, mas uma reforma bem ao gosto da direita, com aumento do tempo de contribuição e idade mínima acima de 70 anos para a aposentadoria. Típico de governo golpista.
A previdência não é uma bondade do governo federal. O trabalhador contribui durante toda sua vida produtiva para esse fundo, que vai garantir sua remuneração durante a aposentadoria. O recurso foi acumulado durante os 30 anos de contribuição do trabalhador.
O governo segue a tese de que seu uma pessoa começa a trabalhar com 16 anos e se aposenta com 46, pode viver até os 80 anos, passando mais tempo recebendo do que contribuindo. Esqueceu-se da correção, que garantiria o recurso. Teoria esdrúxula para justificar mais uma rasteira no trabalhador.
O governo golpista, porém, quer fazer crer que o rombo na previdência se deve a impossibilidade de o governo arcar com os benefícios do trabalhador. Mas, espera aí, isso já está pago. Se o governo não sabe onde foi para os recursos, não é do bolso do trabalhador que tem que sair mais.
Aí é que entra o movimento sindical. Não dá para assistir a mais esse golpe de braços cruzados. O movimento não pode permitir que o governo jogue a responsabilidade de um déficit, que foi ele mesmo que inventou nas costas do trabalhador.
É preciso que as centrais se unam contra esse reforma torta. O que o governo interino está fazendo é arrumar um subterfúgio para aumentar o tempo de contribuição, assim como também quer aumentar a jornada de trabalhado. Tudo isso para atender os interesses do empresariado que financiaram sua chegada ao poder, por meio de um golpe de Estado.
Acorda, sindicato!