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Manobra de risco

A votação do segundo turno da PEC da Reeleição para a presidência da Assembeia dentro da mesma legislatura parece ser a parte mais difícil do processo, mas não é.  Uma coisa é Theodorico Ferraço (DEM) conquistar o direito de disputar a nova eleição, outra é conseguir costurar isso com o aval palaciano.

O novo presidente da Assembleia vai comandar o poder na segunda parte do mandato do governador Paulo Hartung (PMDB), que parece caminhar para um futuro político que não inclui a reeleição ao governo do Estado em 2018. Neste sentido, é importante analisar os laços familiares nessa história.

Uma vez candidato ao Senado, o que parece ser o caminho mais lógico, Hartung ficaria com uma das duas vagas que estarão em disputa. Vagas que são hoje ocupadas por Magno Malta (PR) e Ricardo Ferraço (PSDB), filho de Theodorico. Ricardo fica em uma situação de risco. Afinal, ou ele ou Malta podem ficar fora do Senado com a candidatura do governador.

Ricardo também não tem espaço na disputa ao governo, afinal, se Hartung deixar o governo para disputar o Senado, em abril de 2018, o vice César Colnago assume. Como Colnago também é tucano tem a preferência no partido para disputa ao Palácio Anchieta. Por isso, não é interessante para o governador ter à frente de um poder que pode imobilizar o Executivo o pai de um adversário em potencial para o Senado.

Outra dificuldade está no capital do próprio Ferraço para a negociação. Depois de sair derrotado em suas bases políticas no sul do Estado, o deputado agora só tem uma chance de sair com peso dessa eleição: se Max Filho (PSDB) se eleger em Vila Velha, a mulher do deputado, a ex-prefeita de Itapemirim Norma Ayub (DEM) ocupa a suplência do tucano na Câmara dos Deputados.

Se isso não acontecer, Ferraço terá que negociar sua recondução à presidência da Assembleia sem nada nas mãos. Isso o colocará em uma posição de fragilidade diante do governador Paulo Hartung. Como se não bastasse, há nos bastidores o comentário de que o governador teria o interesse em emplacar na Assembleia um aliado, digamos, menos explosivos. Daí as notícias que ventilam nos meios políticos da possibilidade de retorno à Assembleia do secretário de Assistência Social do Estado, Rodrigo Coelho (PDT), que, diga-se de passagem, é adversário político de Ferraço em Cachoeiro de Itapemirim.

Fragmentos:

1 – Só de imaginar a hipótese de o deputado Sérgio Majeski (PSDB) vir a presidir a Assembleia Legislativa, o governador Paulo Hartung (PMDB) deve ter perdido o sono.

2 – O prefeito eleito de Cachoeiro de Itapemirim, Victor Coelho (PSB), seguiu para Brasília nesta terça-feira (18), cantando Renato Russo: “Nesse país lugar melhor não há…”, mas alertou que o compositor não conheceu Cachoeiro.

3 – O prefeito de Ibatiba, no sul do Estado, Zé Alcure (PP), depois de perder a disputa pela reeleição, exonerou no início do mês todos os comissionados da prefeitura. São 86 no total.

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