É muito comum nas redes sociais e na rua mesmo alguns comentários de que o Partido dos Trabalhadores precisa mudar, fazer muitas reformas internas. A coluna pensa que é preciso sim uma mudança de postura, mas isso não tem que vir de cima para baixo.
Não é da direção para a militância, e sim dos dirigentes das municipais, das setoriais, enfim, todas as direções, que atuam no partido e da militância para a direção central. É preciso que os dirigentes façam uma autoavaliação, e perceberem que se não há condição de mudar, que deixem a legenda, não esperem ser tirados.
Quem tem mais responsabilidade por essas mudanças são os militantes do partido, oriundos do movimento sindical, os dirigentes para ser mais preciso. Aqueles que ocupam cargos de mandatos e de direção nos partidos. Que sigam o exemplo, do ex-delegado do Trabalho no Estado, Tarciso Vargas, que entregou o cargo no Estado, assim que houve o golpe sobre a presidente Dilma Rousseff.
É assim que os dirigentes sindicais devem se portar. Agora, ficar nas redes sociais, pedindo a prisão de Lula não vai ajudar em nada na reconstrução do partido, além de dar margem para o agravamento de uma crise política criada pela direita para tomar o poder. A mesma direita que não conseguiu barrar a fundação do partido, mas conseguiu tirar o partido do poder, com presidente e tudo.
Além disso, o partido precisa voltar as suas origens, ao debate de bairro, de fábrica, de igreja, de associações e, sobretudo, de sindicatos. Precisa novamente mobilizar a classe trabalhadora. Antes a grande crítica do PT era o exagero de reuniões, que algumas vezes não chegavam a um consenso. Hoje, a crítica é pelo excesso de pragmatismo, aderindo a manobras políticas que não interessam à classe trabalhadora.
Democracia neles!