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Nada modesto

A entrevista do governador Paulo Hartung (PMDB) ao jornal Metro desta quarta-feira (21) mostra que ele continua investindo no discurso de excelência de sua gestão à frente do governo do Espírito Santo para servir de exemplo para o restante do País.

O movimento de Hartung é de buscar a projeção em nível nacional, se inserindo no debate macroeconômico, para se apresentar como uma solução para o vácuo de lideranças, que ele mesmo destaca na entrevista. A solução é bem alinhada com a política que vem sendo adotada pelo governo federal, de ajustes e cortes, para diminuir os gastos públicos.

O governador destaca na entrevista que em 2015 o governo do Estado saiu de dois déficits bilionários e fez um superávit de R$ 170 milhões, o que para ele, “chamou a atenção do Brasil”. Na verdade, uma pesada campanha publicitária em nível nacional impulsionou essa “venda”  nos jornais de repercussão nacional da maravilha da sobrevivência capixaba, o que acabou ganhando a classe política nacional.

Como já vem se tornando constante, o governador recorreu aos bordões de sempre: “A folha de pessoal subiu pelo elevador enquanto a receita subia timidamente pela escada”, ao se referir aos gastos públicos no País. Também criticou o intervencionismo do Estado, que teria ajudado a aprofundar a crise econômica no País.

O “timão” , se referindo ao secretariado, é outro ponto constante da entrevista de Hartung, que passa longe de qualquer tipo de autocrítica, muito pelo contrário, todos os feitos do governo são ressaltados como se fossem ideias geniais e de excelência. Os programas sociais, todos controversos, como Escola Viva, Ocupação Social e Reflorestar são destacados como grandes investimentos do Estado.

Com a manutenção desse discurso, o governador se projeta nacionalmente, ao mesmo tempo em que cria um clima desfavorável a qualquer contestação localmente. Afinal, quem seria o louco de ir contra uma política tão perfeita, tão excelente e tão necessária para o país em um momento de crise?

Fragmentos:

1 – A CPI da Grilagem promete agitar o legislativo no próximo ano. Pode mexer com interesses econômicos e políticos muito profundos no Estado. Os deputados dizem que não se intimidam, mas as primeiras ameaças já começam a surgir.

2 – Com  a morte do prefeitoAluísio Filgueiras (PSDB) e o indeferimento da candidatura de Frei Paulão (PSB), a expectativa em Muqui é de que a cidade passe por novas eleições. Enquanto isso, quem deve assumir no início do ano é presidente da Câmara de Vereadores, que será eleito no próximo dia 1º de janeiro.

3 – Pelo segundo ano consecutivo, Vitória não tem decoração natalina. Em Vila Velha, nunca foi prioridade. Na Serra, a decoração na rua está faltando, mas a iluminação da árvore no Parque da Cidade dá pra ver até de outros bairros.

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