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O ano da observação

O ano de 2017 começa neste domingo com a posse dos novos prefeitos e os prefeitos reeleitos e os vereadores, eleitos em outubro passado. O ano que antecede a eleição de 2018 será de muita observação para quem começa o mandato, para quem saiu derrotado da disputa e para quem apoiou um dos lados. Com a possibilidade de a crise econômica e política perdurar durante todo o ano que começa, pode trazer mudanças nos projetos das lideranças do Estado.

Os principais holofotes vão ficar voltados para o governador Paulo Hartung (PDMB), que tenta mais uma vez confundir o mercado político sobre seu futuro eleitoral. Os principais interessados no movimento do governador são os senadores Ricardo Ferraço (PMDB) e Magno Malta (PR), que disputam a reeleição em 2018. Com Hartung no páreo, a vida deles pode ficar mais complicada. O retrospecto do governador, porém, não garante que ele seguirá esse caminho, o que deixa o meio político em compasso de espera.

Outro foco das observações será o início de gestão dos quatro prefeitos eleitos na Grande Vitória e a marcação forte dos adversários deles que saíram derrotados na disputa do segundo turno, vão estudar com muita paciência os movimentos uns dos outros.

Para Luciano Rezende (PPS), Audifax Barcelos (Rede) e Juninho (PPS), prefeitos de Vitória, Serra e Cariacica, respectivamente, o desafio é maior. Eles começam o segundo mandato. Muita gente se desgasta nesta fase, perdendo força política. Mas pelo menos dois deles – Luciano e Audifax – têm pretensões de chegar ao governo do Estado no futuro e para isso vão ter de mostrar serviço, fazendo gestões bem melhores do que os primeiros quatro anos.

A onda da crise nacional pode ser excelente para o governador Paulo Hartung, mas os prefeitos não vão conseguir segurar esse discurso por mais um ano. Com a indisposição do governo do Estado em ajudar os municípios, a situação vai ficar ainda mais complicada para essas lideranças.

O desafio é grande, mas se considerarmos que o governador Paulo Hartung encerra em 2018 seu ciclo no Estado e com o espaço político de Renato Casagrande (PSB) diminuindo na planície, o caminho pode ficar mais fácil para novas lideranças que queiram avançar em novos desafios. O que não podem é abrir espaço para que os adversários derrotados possam cobrar, aí passam a ser vidraça e vidraça quebra com pedrada.

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