quarta-feira, novembro 12, 2025
26.9 C
Vitória
quarta-feira, novembro 12, 2025
quarta-feira, novembro 12, 2025

Leia Também:

O óbvio

A notícia de que o presidente da Assembleia, Theodorico Ferraço (DEM), vai arquivar o pedido de impeachment do governador Paulo Hartung (PMDB) já era aguardada nos meios políticos. Imaginar que a Assembleia fosse dar andamento a um processo desses, era pedir muito a esse Legislativo.

Ferraço tem seus altos e baixos com o governador, mas a articulação para que ele possa ser mais uma vez reconduzido ao cargo de presidente da Assembleia, ação orquestrada com a ajuda do líder do governo Gildevan Fernandes (PMDB), deixou bem claro que o Palácio Anchieta se preocupou com a movimentação e se apressou em encerrar o caso antes da eleição deste ano.

Com mais de um terço dos deputados estaduais disputando a eleição, a pressão poderia aumentar à medida que o dia da eleição se aproximasse, sobretudo para quem está no interior e não anda muito feliz com o governador. Isso sem falar nos funcionários públicos que cobrariam uma postura dos deputados.

Agora Hartung pode voltar à sua política de isolamento dos grupos divergentes, como vem fazendo desde que assumiu o terceiro mandato. Também pode dar sequência à política de concessão de benefícios fiscais a grupos empresarias, sem ser incomodado.

A justificativa de que o Tribunal de Contas do Estado (TCES) estar investigando o caso e por isso a Assembleia não deveria agir, não colou nos meios políticos. Deixou ainda mais evidente a movimentação do governo para barrar o processo, que poderia até não dar em nada, mas traria desgaste para a imagem do governador.

Isso é tudo que Hartung não quer neste momento em que tenta nacionalizar seu nome, credenciando-se, ainda não se sabe para quê, em Brasília. Um pedido de impeachment poderia trazer prejuízos para seu projeto político futuro.

Ainda bem para Hartung que ele pode contar com Ferraço como aliado neste momento delicado.  Já o desgaste da Assembleia por ter se omitido na questão, isso os deputados esperam que o tempo apague da memória do eleitor.

Fragmentos:

1 – Mal chegou de sua viagem ao exterior, o governador Paulo Hartung (PMDB) já deixa novamente o Estado. Ele participa da posse da ministra Cármen Lúcia na presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira.

2 – O projeto do deputado Sérgio Majeski (PSDB), de que a liderança do governo passe a ser coautora dos projetos oriundos do Palácio Anchieta, corrige uma distorção, evitando que o líder do governo relate os projetos palacianos. Quem não vai gostar nada disso é Gildevan Fernandes (PMDB).

3 – Qual alambrado sai primeiro, o do deputado Euclério Sampaio (PDT) na Terceira Ponte ou o do deputado Luiz Durão (PDT) na BR-101, próximo às reservas ambientais?

Mais Lidas