Segunda, 29 Abril 2024

O rodapé da pesquisa da Firjan

O estudo que a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) vem fazendo há mais de uma década apontou que Vitória perdeu dez posições no ranking que mede o Índice de Desenvolvimento dos Municípios (IFDM). Os dados analisados são de 2010.



Na pesquisa referente a 2009, a Capital ocupava a 26ª. Agora, está na 36ª posição nacional. Vitória, que era também a primeira no ranking estadual, agora é vice, ficando atrás de Aracruz



Vitória registrou queda, mas, no geral, apresenta bons resultados nos quesitos emprego e renda, saúde e educação, que são as variáveis analisadas pelo estudo.



O problema não está na ponta de cima do ranking, mas exatamente na outra extremidade. O Índice que acompanha a evolução socioeconômica dos 5.565 municípios brasileiros desde 2000 revela que a situação de alguns municípios capixabas assusta.



Pedro Canário, Irupi e Pinheiros, por exemplo, no IFDM, ocupam, respectivamente, as posições 3.244º, 2.991º, 2.990º. Quando fechamos o foco nos quesitos analisamos, começamos a entender que os dados não são simples coincidência.



Na avaliação da saúde, os três piores municípios do Estado e um dos piores do ranking nacional são Pedro Canário, Atílio Vivácqua e Pinheiros. Respectivamente nas posições 4.733º, 4.349º, 4.222º. Lembrando que temos 5565 municípios no Brasil.



Quando o item avaliado é o índice de Educação no Estado, os dados da Firjan, novamente, assustam. Presidente Kennedy, por exemplo, que é uma das cidades que mais recebem participação sobre os royalties do petróleo – vejam a contradição – ostenta a liderança negativa no Estado e um dos piores índices do País: está na 3.106ª posição.



Nessas horas, diante de dados tão impressionantes, é sempre bom refrescar a memória. Com pouco mais de 10 mil habitantes, Presidente Kennedy, no sul do Espírito Santo, é o município capixaba que mais recebe royalties do petróleo.



O município que continua sob intervenção por está mergulhado na corrupção, arrecadou cerca de R$ 508 milhões em royalties de janeiro de 2009 a junho de 2012. Mas, mesmo com R$ 315 milhões guardados em caixa, a cidade que era comandada pelo prefeito cassado Reginaldo Quinta (PTB), além da baixa qualidade da Educação, tem problemas de falta de água e rede de esgoto. Dado que comprova que os péssimos resultados de muitos municípios não podem ser atribuídos simplesmente à falta de dinheiro, mas a gestões ineficientes, incompetentes ou corruptas.

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