quinta-feira, julho 17, 2025
19.9 C
Vitória
quinta-feira, julho 17, 2025
quinta-feira, julho 17, 2025

Leia Também:

Os sumidos

Com a sequência manifestações que têm tomado conta das ruas no Brasil, incluindo o Espírito Santo, as lideranças políticas parecem estar esperando a poeira abaixar para retomar as movimentações de preparação para eleição do próximo ano. A exceção detentores de mandato legislativo e de chefes do executivo, que são acionados a falar, as demais lideranças que estavam despontando no processo de articulação preferiram se manter fora do foco das discussões. 
 
Mas duas ausências têm sido mais sentidas. Com as manifestações pipocando em Recife, o governador de Pernambuco, o presidenciável socialista Eduardo Campos, diminuiu sensivelmente suas movimentações na mídia e parece ter se reservado às conversas de bastidores. 
 
A movimentação dele parece ser estratégica, já que os alvos preferidos dos manifestantes são os três grandes partidos do País. O PT que está à frente do governo federal e o PMDB, do vice-presidente Michel Temer, estão na berlinda, assim como o PSDB, que esteve no governo antes do PT. Portanto, para Eduardo Campos, quanto mais a presidente Dilma Rousseff e o senador tucano Aécio Neves aparecerem agora, mais se desgastam, enquanto ele preserva a sua imagem.
 
Aqui no Estado, o ex-governador Paulo Hartung (PMDB) parece estar seguindo a mesma linha. Ele que tinha endurecido o discurso contra o governador Renato Casagrande e começava a aparecer na mídia para tentar se credenciar ou credenciar o aliado Ricardo Ferraço (PMDB) para a disputa do próximo ano também tomou “chá de sumiço”. 
 
A ideia é a mesma. Na cadeira de governador, Renato Casagrande vira alvo fácil. Se Magno Malta (PR) entrar agora pode ganhar a pecha de “caroneiro”. Enquanto isso, Hartung, sem mandato, fica no conforto da planície acompanhando o desgaste de seus possíveis adversários. 
 
Mas também tem outra coisa. O governo Hartung tem uma imagem frágil construída com a ajuda de parte da mídia, e como os manifestantes estão de pedras nas mãos caçando vitrine, é melhor se proteger senão sobra pra ele.
 
Fragmentos:
 
1 – Diante do estado de conservação do prédio da Assembleia, a possibilidade de quebra-quebra poderia complicar ainda mais a situação do sede do legislativo, que está literalmente caindo aos pedaços. A Mesa Diretoria pretende fazer uma recuperação da fachada. 
 
2 – Será que a mudança do Congresso Nacional em relação à pauta dos manifestantes vai contagiar os legislativos no País afora. Na Assembleia, o foco é a discussão sobre o pedágio da Terceira Ponte. Quem encampa?
 
3 – Há radicalização do movimento das ruas, o que vem servindo de desculpa para criminalizar as manifestações. Também há preocupação do governo em proteger a propriedade privada e não a integridade física daqueles que têm direito constitucional de se manifestar. 

Mais Lidas