Não teve jeito. O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou e o governo Hartung perdeu nesta quinta-feira (31) um dos seus principais vitrinistas, o promotor Marcelo Zenkner, agora ex-secretário de Controle e Transparência (Secont-ES). Com imagem propagada na mídia de homem jovem e combatente, Zenkner foi escalado para a pasta estrategicamente. A missão era garantir a manutenção do antigo discurso de Hartung do combate à corrupção, ao crime organizado, aquela coisa toda. Mas nem deu tempo de vender seu peixe e já perdeu a cadeira, por conta da decisão judicial que determinou a saída dos promotores-secretários do governo. Hartung, como tutor dedicado, não poderia garantir outra despedida senão em grande estilo. Prestação de contas, duas páginas inteiras de matéria em A Gazeta e…a cereja do bolo: assinatura de um termo de cooperação técnico-financeiro entre a Escola de Serviço Público do Espírito Santo (Esesp) e a Faculdade de Direito de Vitória (FDV), onde Zenkner dá aula há muito tempo, para a oferta de um novo curso de especialização. A primeira aula inaugural foi na noite dessa quarta-feira (30), véspera da saída da pasta, com toda pompa e circunstância. O tema do curso segue a “linha mestra” de Hartung: “Compliance, Lei anticorrupção empresarial e controle da administração pública”. E o coordenador? Tcharam! O próprio Zenkner. Que consolo foi esse, hein?!
Transparência
Só falta agora publicar o ato no Diário Oficial, para a população saber o que representará financeiramente essa cooperação técnico-financeira. De todo modo, a Esesp tem se mostrado bem generosa nos últimos tempos. E como!
As voltas do mundo
As conveniências políticas criam situações pra lá de constrangedoras. Veja o articulador do Rede Sustentabilidade no Estado, Gustavo de Biase. De ferrenho opositor e crítico ao prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), para quase aliado e até cotado como possível vice de chapa. Vai assumir o carão?
Carona
Diante do aumento da insatisfação generalizada dos moradores de Vitória em relação à redução das linhas de ônibus, tem vereador que estava dormindo, pegou o bonde andando, e agora quer sentar na janelinha. A situação está péssima não é de hoje. Vitrine boa, hein?
Tiro no pé
A propósito, o que foi essa declaração em A Gazeta do subsecretário de Transporte e Trânsito de Vitória, Fernando Repinaldo? Os usuários precisam fazer suas agendas de acordo com os horários dos ônibus? As pessoas têm compromissos, estão passando horas nas filas porque a prefeitura simplesmente resolveu cortar horários sem nem comunicar, e é só isso o que a gestão municipal tem a dizer? Fala sério!
Cada uma…
Vou repetir. Essa conversa do presidente regional do PT, Genivaldo Lievori, dizendo que o partido mantém a parceria e os cargos no governo Hartung, mesmo após o rompimento do PMDB com Dilma, passa bem longe de “colar”. É, no mínimo, contraditório. No mínimo!
Carreira solo
Certo está o deputado federal Givaldo Vieira, único petista com mandato a tratar a manutenção dos cargos no governo estadual como insustentável. O fato de Givaldo estar sozinho nessa, aliás, é outro ponto que chama bastante atenção.
Tucano
Não tem a nota da coluna sobre a polêmica da filiação do ex-prefeito de Aracruz Ademar Devens no PSDB? Então, dizem no ninho que a tentativa do vice-governador César Colnago e Hartung de colocarem o pé na porta não impediu a entrada dele no partido. Ademar pode quando quiser virar tucano e isso agrada a base.
Novidade
Mais um colunista estreia em Século Diário nesta quinta-feira (31). O engenheiro José Borges Tavares Neto, do Grupo Pró Energia Solar no Espírito Santo, assinará artigos periódicos sobre os benefícios e entraves desse mercado em potencial para os capixabas, que apesar de ser tendência mundial e nacional, por aqui ainda carece de incentivos públicos. Leitura indispensável.
140 toques
“Transporte público: mesmo no momento em que o país clama por transparência, a PMV se recusa a divulgar as alterações ocorridas em cada linha”. (Vereador de Vitória Serjão Magalhães – sem partido – no Twitter).
PENSAMENTO:
“A política tem sido a arte de obter a paz por meio da injustiça”. Agostinho Silva