Metade da Assembleia Legislativa já tomou uma decisão sobre a eleição da Mesa Diretora da Casa, que será eleita em fevereiro do próximo ano, não querem reconduzir Ferraço ao cargo pela quarta vez. Mas, se ele não ele, quem será? Esse é um tema que deve dominar o mês de dezembro e o recesso parlamentar.
É difícil encontrar entre os parlamentares um nome que possa trazer aos parlamentares a segurança que eles querem e precisam para trabalhar suas reeleições em 2018 e conquistar uma interlocução com o Palácio Anchieta que favoreça essa costura.
Alguns nomes se incompatibilizam pelas articulações até aqui, como o secretário de Assistência Social, que está retornando à Casa, Rodrigo Coelho (PDT), que se antecipou na discussão. O deputado Josias Da Vitória (PDT) até poderia, mas se incompatibilizou devido à sua atuação na eleição passada da Mesa.
Entre os membros atuais da Mesa, o segundo secretário Cacau Lorenzoni (PP) está de saída para assumir a prefeitura de Marechal Floriano. Enivaldo dos Anjos (PSD) não diz nem que sim, nem que não. Mas seu perfil um tanto intempestivo também não é um atrativo para campanha. Luzia Toledo (PMDB) é aliada palaciana, não seria a defensora que os deputados sonham.
Entre os deputados sem cargo na Mesa é difícil encontrar no plenário um deputado que tenha condições de puxar para si a responsabilidade de assumir a presidência, defender os deputados e manter uma relação de diálogo mais equilibrada com o governo, que não os deixe tão vulneráveis ao Executivo.
Por isso as discussões devem ainda se prolongar pelo resto deste ano e início do outro. Várias questões entrarão nesta discussão. A distribuição de cargo na Casa é uma delas, afinal a Mesa oferece muitos espaços interessantes. A reeleição dos deputados e o atendimento das bases é outra prioridade, o que leva à discussão das emendas e da interlocução administrativa e política com o Executivo.
Fragmentos
1 – Dá para entender a intenção dos deputados estaduais em homenagear o deputado Luiz Durão (PDT), prestes a perder o mandato para o titular da cadeira Rodrigo Coelho (PDT), que retorna em breve ao plenário da Casa. Mas estão exagerando ao aprovar projetos polêmicos do pedetista.
2 – A casa aprovou nessa quarta-feira (30), o Projeto de Lei 332/2016, em sessão ordinária nessa quarta-feira (30). O projeto obriga estabelecimentos a doar produtos alimentares perecíveis que provenham das sobras limpas, bem como alimentos não perecíveis cujas datas de validade estejam perto do vencimento.
3 – A intenção pode até ser boa, mas é inconstitucional obrigar alguém a fazer uma doação. Ora, doação é um ato espontâneo. A matéria se aplica a restaurantes, mercados, supermercados, hipermercados e mercados populares.