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O senador Magno Malta (PR), diferentemente de seu colega de bancada, Ricardo Ferraço (PSDB), foi menos polido com a presidente Dilma Rousseff no julgamento ao qual ela está sendo submetida no Senado. Apostando no filão de eleitores insatisfeitos como PT, o senador busca sobrevivência dando uma meia volta em seu projeto político.

O Magno Malta, que antes da sessão postava mensagem se dizendo pronto para “fechar o caixão” da presidente Dilma, não lembra em nada aquele Malta de 2010, que caminhou com a então candidata no Espírito Santo e por tantos outros estados Brasil afora para ajudar a presidente a vencer o segundo turno das eleições contra o então candidato tucano José Serra.

Naquele ano, Malta estava em uma situação complicada. Venceu a disputa ao Senado, é verdade, mas teve que conviver com uma manobra palaciana do antigo desafeto Paulo Hartung, que consistia em uma aliança clandestina entre Ricardo Ferraço e Rita Camata, com a intenção de deixar o republicano fora do Senado.

Neste sentido, o apoio do PT nacional ajudou Malta e sua atuação no segundo turno foi uma retribuição, já que ele tinha mais visibilidade fora do Estado por causa das bandeiras populistas. Se Dilma conseguiu vencer graças ao apoio de Malta, o senador também venceu por causa do apoio do PT nacional, porque no Estado ele não tinha esse apoio.

Do processo de 2010 para cá muita coisa mudou. O senador conseguiu desidratar seu partido no Estado, tomou decisões na sua vida particular que afetaram seu principal eleitor, o público evangélico. Em 2014 tentou emplacar uma malfadada campanha presidencial, barrada pelos caciques republicanos, que preferiram permanecer no palanque de Dilma.  

Em 2015, após a eleição estadual, o senador firmou uma insólita aliança com o governador Paulo Hartung e mudou sua estratégia, observando o crescimento do conservadorismo radical no Brasil, Malta se aproxima agora de ideias vindas de figuras de extrema direita como Jair Bolsonaro, para tentar entrar neste filão.

Neste novo processo, cabe o radicalismo contra o PT. Hoje o partido não cabe mais no projeto do senador, que pulou do barco pensando na disputa à reeleição em 2018, em um cenário que pode ser ainda mais árido para o republicano, que não sabe quais, nem quantos adversários terá pela frente.

Fragmentos:

1 – Bem discreta em pleitos passados, a mulher do prefeito Audifax Barcelos (Rede), Mara Barcelos, tem sido fundamental na campanha deste ano. Enquanto o marido segue internado, ela está fazendo campanha pelo município ao lado da vice na chapa do prefeito, Marcia Lamas (PSB).

2 – O diplomata Zé Carlinhos da Fonseca também começou sua passagem pelo governo Paulo Hartung (PMDB) bem discreto, mas aos poucos vem se tornando homem forte no Palácio. Está em viagem internacional com o peemedebista para divulgar o Estado mundo afora.

3 – Com a classe política, Zé Carlinhos também já tem mostrado mais trato do que Paulo Roberto (agora na Fazenda), que tinha um estilo menos diplomático com os deputados estaduais, por exemplo.

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