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Rastreando o suspeito

Os avanços da tecnologia vieram para ficar, bem sabemos, e quando não ficam é porque foram superados por outros ainda melhores. Tornam a vida mais fácil e muito mais interessante. Já ouviu falar em um tempo sem vendas on-line e caixas-registradoras com escaneadores, quando tudo que se comprava  vinha cheio de selos grudados atrás?  Eram usados para indicar que os impostos referentes à transação haviam sido pagos.
 
Mas mesmo a alta tecnologia vem com efeitos colaterais negativos, que perfeição neste mundo só manga sem caroço. E nos tornamos vítimas fáceis da ganância que, infelizmente, os referidos avanços não conseguem evitar.  Como os aplicativos para rastrear telefones perdidos ou roubados. Um sujeito usou o aplicativo para ir atrás do i-phone roubado de seu carro. Parênteses: Mesmo no primeiro mundo, melhor não deixar tais objetos de desejo visíveis nos assentos.
 
Seguindo o detetive eletrônico, ele chegou a um estacionamento e acionou um botão, e seu querido aparelhinho tocou dentro de um dos carros. Ele se aproximou e, vendo o motorista dentro do carro,  pediu seu aparelho de volta. O ladrão (a polícia diz suspeito, mesmo quando todo mundo vê o meliante praticando o crime) atirou nele.  Morte fulminante. A polícia acha que a vítima conhecia o assassino, ah, desculpem, o suspeito, mesmo tendo sido preso em flagrante.

Nessas bandas, esse é o segundo caso de morte quando alguém rastreia um telefone roubado, portanto, aciono o serviço de utilidade pública da coluna: Chame a polícia para rastrear seu celular roubado. Verdade que sempre se corre o risco do policial encarregado do caso ficar com o telefone,  mas você pode chamar outro policial para rastrear o rastreador desonesto. Mas o aplicativo tem sido útil: num assalto em que levaram até as torneiras das pias, só deixaram os celulares. 

 
Na Pensilvânia, uma jovem de 18  anos foi raptada e a mãe usou o aplicativo para rastrear o celular da filha, ajudando a polícia a encontrá-la. A garota enviou mensagem de texto para a mãe, pedindo ajuda porque o ex-namorado a havia sequestrado. O telefone foi rastreado graças ao I-Cloud e ao aplicativo Find My iPhone. A polícia encontrou a garota dentro de um carro estacionado no McDonalds com as mãos, pés e boca atados com fita crepe. O ex foi preso.
 
E embora adorando esses tempos de I-isso e I-aquilo cada vez mais sofisticados, volto ao estranho caso dos selos colados atrás das mercadorias de antanho. Eram o comprovante de que os impostos referentes ao produto haviam sido pagos. E tinham um aviso – ‘Não retirar esse selo’. Esqueceram de acrescentar, ‘até que seja vendida’, portanto, ninguém tirava. Antigamente as coisas duravam anos, às vezes séculos, e quando morriam de velhice ou morte acidental, os selos ainda estavam lá e iam juntos pro lixo.

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