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No início do ano, sob a justificativa de que o País estaria mergulhado em crise econômica por causa da incompetência presidencial, um golpe foi dado para retirar a presidente Dilma Rousseff do governo. O movimento sindical ficou assistindo a tudo isso, até ensaiou uma ida para as ruas para tentar impedir o golpe, mas sem sucesso.

Já nas primeiras medidas do governo ilegítimo, a possibilidade do aumento da carga horária dos trabalhadores chegou a ser cogitada, e as mudanças trabalhistas passaram a fazer parte da agenda do governo, tudo isso, evidentemente, sem que os trabalhadores participassem do debate. Até porque, não dá para sentar e conversar com um governo que não tem legitimidade para governar.

Ainda falando em crise, o presidente Michel Temer sancionou um reajuste de 41,4% para o Judiciário. Em uma tentativa de ganhar apoio dos ministros das cortes superiores, o presidente tenta se segurar no Poder agradando o Judiciário, já que sabe que são eles que podem tirá-lo do poder quando quiserem.

Agora o governo fala em mudar o regime da previdência, aumentando o tempo de contribuição e idade mínima para a aposentadoria, tornando quase impossível para o trabalhador conseguir se aposentar. Fica bem claro a serviço de quem o governo está. Se protege agradando o judiciário e cria obstáculos cada vez mais intransponíveis para o trabalhador.

Enquanto tudo isso acontece, a coluna se pergunta: onde está o movimento sindical? O fim de ano chegou, mas parece que o movimento está em recesso desde o início de 2016. O que chama atenção é que estão dentro do movimento castas de advogados, economistas, cientistas sociais, todos ligados à esquerda e que nada dizem sobre a situação atual.

Observa-se o avanço cada vez maior do golpe em contrapartida a um silêncio ensurdecedor do movimento sindical. O quê as categorias esperam para começar o enfrentamento? Não se pode ficar calado diante do avanço da direita com riscos sérios às garantias conquistadas pela classe trabalhadora.

O movimento parece ter se acostumado com o momento de tranquilidade vivido nos últimos anos e agora não entendeu que a hora é de contra-atacar. Ou o movimento se levanta agora ou não vai mais ter sentido de existir.

Luta de classes já!

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