É evidente no País o crescimento de uma vertente interessada em não apenas se estabelecer no poder, mas em aniquilar qualquer possibilidade de reação ou crescimento dos chamados partidos ideológicos. A movimentação dos senadores tucanos Ricardo Ferraço e Aécio Neves (MG) com a cláusula de desempenho é uma dessas formas.
É verdade que era preciso fazer alguma coisa em relação à proliferação dos chamados partidos de aluguel, que não estão na política para defender ideias ou apresentar soluções para grandes problemas do País, e sim para fazer alianças oportunistas e conquistar espaço de poder. Mas a alternativa encontrada atinge também quem tem um tamanho reduzido devido à militância em algumas causas.
Além de evitar enfrentamento a esses partidos, as grandes legendas garantem um aumento do Fundo Partidário, que oficialmente é a única forma de garantir recursos, embora a preocupação com a anistia a quem recebeu caixa 2 na campanha, mostre que a realidade é bem outra.
Para dizer que não é perseguição, os mentores do projeto sacaram logo a solução. A PEC propõe a formação de federações. Provavelmente o PT não terá nem de perto o desempenho proporcional que teve em 2014 e corre, sim o risco, de entrar na lista de partido limados pela cláusula de desempenho. Teria o partido que se unir à Rede, PSol, PSTU e outros, partidos em sua maioria criados a partir de dissidências do PT.
É cristalino que seria muito difícil encontrar um jeito de afinar os discursos desses partidos. Sem falar que uma coisa é dialogar com um líder de um partido, outra coisa é falar com vários líderes de vários partidos unidos por uma associação federativa. Quanto aos nanicos pragmáticos, a briga seria pela ocupação de espaços. Imagina uma federação de partidos nanicos brigando por um ministério. Como seria a acomodação das lideranças?
Além disso, a federação vai receber apenas uma fatia do bolo do fundo partidário, diminuindo o rateio. Ou seja, só tem vantagem para os grandes partidos. O fato é que sob a capa do republicanismo, têm sido feitas coisas no Congresso Nacional que é de corar a “dona democracia”.
Fragmentos:
1 – Houve uma grande movimentação na segunda-feira (21), quando um recursos do candidato do PSD à prefeitura de Fundão, Anderson Pedroni, foi parcialmente aceito no Tribunal. Mas isso não alterou a situação eleitoral do município. Ele continua sem ter os votos computados pela Justiça Eleitoral.
2 – Para reverter a situação, o candidato precisa de uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em seu favor. Por enquanto, Adriano Ramos (PMN) continua sendo o prefeito eleito do município. Pedroni liderava a corrida eleitoral, mas teve a candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral.
3 – Pelo histórico do movimento popular de Vila Velha, o governo federal vai ter muito trabalho para conseguir fazer descer goela abaixo dos moradores a cobrança pela taxa de marinha.