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‘Se vira’

O governador Paulo Hartung (PMDB) já se reuniu com os prefeitos com menos de 40 anos e com as prefeitas eleitas do Estado. Em breve, ele promete, vai se reunir com todos os vitoriosos da eleição deste ano. Mas pelas prévias, dá para perceber que os novos gestores terão um desafio a mais a partir de 2017.

O tom das conversas até aqui foi a necessidade de cortar gastos e investir nas Parcerias Público-Privadas, ou seja, entregar a gestão à iniciativa privada. Muitos candidatos durante a campanha até evitaram andar com o ex-governador Renato Casagrande (PSB) para não sofrer represálias no futuro vindas do Palácio Anchieta. Mas para quê todo esse cuidado em não desagradar o governador?

Dois anos após tomar posse, Hartung insiste no discurso do Estado devastado, da crise econômica afetando todos os setores, da falta de dinheiro em caixa. Ou seja, Hartung deixa evidente nas entrelinhas que não vai ajudar os novos prefeitos financeiramente. O bom e velho pires deve ficar vazio.

Cada um que cuide de seu município, que se vire para arrumar recursos. Com evidente falta de capacidade técnica em apresentar projetos para conseguir recursos federais, a situação das prefeituras pode se complicar. Principalmente para quem vai assumir prefeituras deixadas por adversários políticos.

Além da eterna falta de recursos do governo do Estado, há ainda outro problema para que os prefeitos tenham acesso ao governador. É que Hartung está cada dia mais distante do Espírito Santo, politicamente falando.

Na preparação de uma carreira em nível nacional a partir de 2018, a princípio, com uma chegada ao Senado no andar de cima, o governador tem se ocupado mais de projetar sua imagem nacionalmente do que de resolver os problemas políticos locais.

Caberá aos novos gestores encontrar em seus municípios potencialidades para driblar a crise, sobretudo nas cidades afetadas pela estiagem, e fazer brotar dali as soluções políticas e econômicas. Com o governo do Estado, vai ser difícil.

Fragmentos:

1 – A avaliação dos meios políticos é de que o deputado Sérgio Majeski (PSDB) teria envergadura para disputar a eleição à Câmara dos Deputados, dado ao seu crescimento de capital. Mas será que convém? Na Câmara, sua atuação ficaria diluída. No deserto da Assembleia, ele se sobressai.

2 – A sessão dessa segunda-feira (24) na Assembleia Legislativa durou pouco mais de meia hora. Sinal que a polêmica envolvendo a assessoria de militares na Casa repercutiu internamente. O presidente da Casa, Theodorico Ferraço (DEM), não parecia nada feliz com o debate.

3 – Os candidatos a prefeito de Vitória podem não ter sido bons na defesa de seus projetos para a gestão, mas no quesito ironias, os dois empataram no debate. Foram provocações para todos os lados.

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