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Temporada de caça às bruxas

As bruxas estão soltas, e se já não as caçam como antigamente, com certeza caçam balas, pirulitos, chocolates, chicletes… enfim, as guloseimas apreciadas no trick or treat. O desfile de porta em porta na noite do Halloween está cada vez mais popular entre a gurizada, e  muitos adultos também entram na brincadeira. A maioria das doçuras distribuídas são de péssimo gosto, mas ninguém reclama, o importante é a quantidade e não a qualidade.
 
O dia em que bruxas e balas convivem pacificamente é o segundo feriado mais lucrativo dos Estados Unidos, superado apenas pelo natal.  A recente comprovação da sinistra relação entre açúcar e o Mal de Alzheimer parece não estar assustando ninguém. Mesmo sendo um feriado tão lúgubre, eles gastam 6 bilhões de dólares todo ano em balas,  fantasias e objetos decorativos.  As balas são responsáveis por 2 bilhões,  e  só de chocolate são 180 milhões de quilos. Os dentistas adoram o Halloween!  
 
A compra de abóboras também sob às alturas: 150 milhões de dólares! A boa notícia é que elas são ótimas para a saúde, com baixo teor de gordura, zero colesterol, e muitos anti-oxidantes (Vitaminas A, C e F). A notícia aterradora é que toda essa abóbora não é bem ingerida: ou vai para a tradicional torta de abóbora, mais açúcar, ou é escarvada ou decorada para enfeitar portas e janelas – o divertido Jack da Lanterna ou Jack Esqueleto.
 
Para termos uma ideia do poder das bruxas, quando decidiram instituir o horário de verão no país, os fabricantes de balas fizeram uma pavorosa campanha para esticá-lo até o começo de novembro para que as crianças tivessem mais tempo no trick or treat. Com o dia mais longo, a caça às balas demoraria mais, aumentando a demanda. Para pressionar  os políticos,  eles enchiam de balas  de abóbora a cadeira de cada senador. Ganharam, mas dizem que isso é lenda, como bruxas voando em vassouras e crianças ganhando balas envenenadas.
 
Embora a imprensa alardeie que 67% dos americanos compram fantasias nesse dia, acho que pelo menos esse ano todo mundo comprou. Na noite de quinta, véspera do evento,  corremos inúmeras lojas numa desesperada caça a um traje do Harry Potter. Surpresa horripilante, não apenas a do mago, mas todas as outras fantasias estavam esgotadas. Prateleiras vazias e vendedores felizes. Só encontramos mesmo uma fantasia de banana.
 
Quanto às balas, a mais vendida é a pequena candy corn (bala de milho), criada na Filadélfia em 1880, que nem vem embrulhada. O nome vem de sua semelhança com um grão de milho no formato e nas cores: branco, amarelo e abóbora – as cores do outono.  Outro símbolo do Halloween, a lua cheia, raramente comparece aos festejos.  Tivemos uma em 1955 e a última em 2001. A próxima lua cheia a brilhar no céu numa noite de 31 de outubro será em 2020.

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