Um neg??cio da China
Aldo e Bia foram fazer turismo na China, conhecer a grandiosa muralha, conferir se os chineses realmente comem espetinhos de escorpião. Compraram yuans e levaram apenas o mínimo necessário para a grande aventura – com tudo barato na China, a lista de compras encheu uma das malas. Se o artigo made-in-China está dominando todos os mercados, imagina na fonte!
A preocupação maior era a conhecida poluição do país, mas o casal deu sorte - choveu muito uns dias antes de chegarem e o ar estava limpo. S?? mesmo na China os turistas rezam para chover. Outro receio era a altura do casal, pois Aldo e Bia são muito altos até para os padrões nacionais. Imagina na China! Mas com a grande leva de turistas que hoje invade a terra de Confúcio, de todas as nacionalidades e de todos os tamanhos, eles não atraíram muita atenção em Pequim.
O casal não se ateve ao turismo tradicional e adentrou o norte da China, onde fica a melhor parte da Grande Muralha, que impressiona muito mais. Um moderno trem-bala os levou China a dentro, onde melhor se observa também como ainda existem pobreza e atraso no país. Na cabine do trem viajava com eles um casal chinês, arrastando pesadas malas. O homem se sentou calmamente, deixando à esposa a tarefa de alojar os excessos no maleiro acima das poltronas.
Tarefa assás difícil, pois o tamanho e peso das malas não condiziam com a estatura miúda da idosa senhora. Gentilmente, Aldo se levantou e, não sabendo se comunicar em mandarim, simplesmente pegou um volume… o marido pulou de lá, nervoso e assustado, achando que estava sendo assaltado. Com a linguagem universal dos gestos, Aldo indicou que queria apenas ajudar. Espanto do chinês, um homem ajudando uma mulher!
Mas tudo acabou bem, e a gentileza foi retribuída com muitas curvaturas do marido aliviado. Chegando ao destino, naturalmente Aldo se prontificou a ajudar com a bagagem. O chines então abriu uma das malas, cheia de frutas e legumes, e deu duas maçãs ao exótico casal. Mais selemeleques, e cada um seguiu seu destino. Na estação deveria ter alguém da empresa de turismo esperando por eles e portando um cartaz escrito Aldo e Bia, como combinado. Mas não havia ninguém!
Desesperados, eles pensaram que haviam sido enganados pelo Peixe Urbano - estavam sozinhos, perdidos num lugarejo remoto da China, sem falar mandarim! Logo uma chinesa se apresentou, cumprimentando-os em bom inglês, Welcome! Aliviado, Aldo ia perguntar como a jovem os identificou, mas foi s?? olhar em volta para entender: a pessoa mais alta na estação não lhes chegava ao ombro. Riram todos e partiram, rumo ao melhor ponto da melhor muralha do mundo. Um negócio da China!
Mito número um: sim, naquele lugarejo perdido no norte remoto, ficava a melhor parte da muralha. Mito número dois: sim, eles comem espetos de escorpião! Mito número três: falso, preço bom, na China, só se comprar em dúzias. No útimo dia da viagem, já com poucos yuans no bolso, eles finalmente acharam um lugar onde o barato existia, de fato.
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