Dos eleitos em 2012, alguns nomes merecem uma atenção especial do mercado político para o cenário eleitoral futuro no Estado. Em 2014, Renato Casagrande deve disputar sem muita tormenta a reeleição para o governo do Estado. Mas embora a sucessão do governador reeleito seja uma projeção muito distante, uma nova fila deve começar a ser formada para 2018, e essa fila começou a ser formar no ano passado.
Entre os novos prefeitos, o destaque evidentemente é Audifax Barcelos. Ele é do mesmo partido do governador, venceu em primeiro turno, já conhece a administração que pegou, por isso, terá mais facilidade ou menos dificuldade em fazer um bom governo. Aparentemente, ele seria o sucessor de Casagrande, o primeiro da fila. Mas não é o único nome a se apresentar.
O prefeito da Capital, Luciano Rezende (PPS), já foi um aliado de primeira linha do ex-governador Paulo Hartung (PMDB), mas a pressão sofrida no período pré-eleitoral, a acolhida do governador Renato Casagrande ao seu palanque, e a ida de Hartung para o palanque adversário na disputa de 2012 aproximaram Rezende de Casagrande.
Um bom governo, na Capital, pode fortalecer o prefeito a dar um passo à frente em 2018, ainda mais se o afastamento entre PSB e PT em nível nacional se concretizar. Mas isso vai depender da atuação do prefeito na reeleição de Casagrande no próximo ano.
O prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda (DEM), é uma incógnita. Ele se esforça para mostrar que não é um político com amarras em Paulo Hartung. Mas precisa dar ao município as respostas que prometeu na campanha. O eleitorado canela-verde é complicado e instável. Se Rodney não der respostas rápidas, pode ser penalizado, comprometendo até sua disputa à reeleição. Ele sempre terá o exemplo do antecessor Neucimar Fraga (PR) nesse sentido.
Quanto à fila antiga, os nomes não têm, pelo menos hoje, uma capilaridade para se credenciar ao governo. Nem o ex-governador Paulo Hartung, nem o senador Ricardo Ferraço (PMDB) e muito menos o ex-prefeito de Vitória João Coser (PT) têm asas para um voo tão alto. Em 2014, Casagrande prepara um show solo e depois disso vai escolher um parceiro para dividir seu sucesso. Isso, se nenhum senão acontecer. Porque no Espírito Santo, nada é definitivo e imutável. Hartung que o diga.
Fragmentos:
1 – Comentário dos meios políticos: “Até o papa renuncia, mas Theodorico Ferraço (DEM) continua agarrado à cadeira de presidente da Assembleia”.
2 – No próximo sábado (16) as lideranças capixabas vão saber se terão ou não um novo partido para a disputa de 2014. Resta saber se o partido vai abrir a porteira para os descontentes das outras siglas ou não.
3 – Se aceitar muita gente, corre o risco de a idealizadora da nova sigla, Marina Silva, sair decepcionada. Será que coordenação no Estado vai ter os mesmo critérios que a ex-senadora?