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Vai ou não vai?

Com a antecipação do processo eleitoral do próximo ano, a classe política capixaba continua à deriva sobre seu posicionamento eleitoral diante da possibilidade de pelo menos três palanques serem erguidos no Estado. O senador Magno Malta (PR) parece ter saído do foco dos observadores políticos, que voltaram sua atenção agora para os movimentos incertos do ex-governador Paulo Hartung (PMDB). 
 
Seu histórico de atuação eleitoral revela que uma antecipação tão grande sobre o processo pode indicar que na verdade ele só esteja testando o mercado político para tentar se credenciar como grande articulador para o próximo ano. Mas daí a se candidatar há uma grande distância. No caso do Senado, o ex-governador teria perdido o time para entrar na disputa, que deveria ter sido em 2010. 
 
Em nível nacional, Hartung teria colecionado alguns desafetos por conta de sua falta de amor às siglas partidárias pelas quais passou. Em Brasília seria mais um senador, sem o brilho político que desfruta no Estado, devido ao seu trabalho de concentração de forças políticas e o apoio irrestrito de parte da mídia.
 
Se disputar o governo do Estado, Hartung terá problemas também. Apesar de ter criado um sistema de unanimidade política, nos bastidores, há sempre os descontentes e se uma voz se levantar, ela pode ganhar força. Mas há os que acreditam que o ex-governador precisará disputar a eleição do próximo ano. Um mandato eletivo garantiria imunidade diante dos problemas na Justiça que começam a aparecer e seria preciso proteger a frágil vitrine criada em seu governo. 
 
Neste contexto quem pode virar alvo é o governador Renato Casagrande. Sem grandes avanços durante seu primeiro mandato, ele pode alimentar o discurso que já começa a se desenhar pelo ex-governador de que seu sucessor foi mais fraco. Se conseguir desgastar Casagrande pode se credenciar para a disputa ao governo. Mas se ele vai mesmo disputar a eleição e que cargo, a classe política só deve mesmo saber às vésperas do processo eleitoral do ano que vem. Até lá, os movimentos de Hartung, Casagrande e Malta só confundem o mercado e aumentam o clima de indefinição. 

Fragmentos:

1 – Algumas autoridades e políticos querem mostrar simpatia pelo movimento das ruas, dizendo que foram “caras pintadas”, movimento da década de 1990, que culminou com o impeachment do então presidente Fernando Collor. Só que hoje os protestos são bem diferentes daquela época. Não cabe comparação. 

 
2 – A Câmara de Vila Velha aprovou a ampliação de 15 para 30 minutos o tempo de tolerância para a utilização das vagas do estacionamento rotativo do município. Também aprovou a gratuidade do serviço para idosos e pessoas com deficiência. 
 
3 – Entre os pontos da Lei de Diretrizes Orçamentários (LDO), aprovada esta semana pela Câmara de Vila Velha, estão o combate à pobreza, a promoção da cidadania e a inclusão social; a promoção ao desenvolvimento do município; reestruturação e reorganização dos serviços administrativos; assistência à criança e ao adolescente e melhoraria da infraestrutura urbana.

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