Sexta, 17 Mai 2024

Cia de Dança Andora leva folclore brasileiro para Portugal

Cia de Dança Andora leva folclore brasileiro para Portugal
 
Colorida, animada e multicultural a Cia de Dança Andora Ufes continua crescendo e levando a cultura brasileira e capixaba para outros lugares do mundo. O grupo embarca pela segunda vez para Portugal, onde vai se apresentar no Festival Internacional de Folclore do Concelho de Almeirim, evento que acontece entre os dias 18 e 25 de abril. 
 
“Almerin é uma cidade que respira folclore e mantém viva suas tradições e costumes. O povo também gosta de conhecer a cultura popular de outros países e o Festival é uma forma de celebrar o folclore. Para nós é uma honra sermos convidados a fazer parte dessa festa”, diz Bruno Henrique de Paula, membro da companhia. 
 
Em três edições o festival de danças folclóricas já contou com a presença de representantes de diversas regiões do planeta, sendo um momento privilegiado para a preservação e intercâmbio cultural por meio das danças, línguas e costumes. Como da primeira vez, a Cia Andora é o único grupo de dança de brasileiros a participar do Festival. Apesar da importância e talento dos dançarinos, eles não receberam nenhum apoio para custear a viagem.
 
Bruno conta que entrou em contato com diversas instituições privadas e públicas e também inscreveu o grupo em editais, mas não obteve resposta positiva em nenhuma das tentativas. A hospedagem e a alimentação serão por conta do festival, mas as passagens e o transporte interno saem por conta do grupo. “Estamos nos sacrificando para arcar com as despesas, algumas passagens ainda nem foram compradas, mas mesmo assim estamos felizes em representar o Espírito Santo no Festival”, diz Bruno. 
 
 
O grupo preparou um espetáculo muito especial para o festival, intitulado Brasil e os Rituais da Liberdade. O público capixaba poderá prestigiar o espetáculo antes dos portugueses.  A apresentação será no Teatro Universitário da Ufes, nesta terça-feira (1), às 19 horas. A coreografia resgata danças do nordeste, maracatu, baião e xaxado. Depois passa pela história do samba, dos terreiros baianos, para os salões e a malandragem carioca, tendo sua apoteose na avenida com suas escolas de samba.
 
“Vamos contar a histórias de libertação de ritmos e danças que eram proibidos ou mal vistos no Brasil, como o samba e a capoeira. Um dos personagens que vamos representar é o João Bananeira, que representa os negros escravos que se fantasiavam com palha de bananeira e máscaras para não serem reconhecidos na Festa da Penha, a qual eram proibidos de participar”, conta Bruno.  
 
A Andora trabalha principalmente com danças populares brasileiras, sempre resgatando a produção cultural humana e não deixando que ela se perca no tempo. Os enredos dos espetáculos destacam três regiões do país: o Norte, representado pelo Carimbó e o Lundu; o Nordeste, que valoriza os ritmos do baião, do samba de roda e do coco; e por fim o Sudeste, que se destaca pela influencia europeia, no sapateado, e também pelo congo, o pastoril do barreiro e o Ticumbi.
 
Recentemente, a companhia foi aceita para integrar-se aos quadros de grupos folclóricos e para-folclóricos vinculados ao Concelho Internacional de Organizações de folclore e artes populares (CIOFF). A Cia de Dança Andora é formada por cerca de 30 componentes, entre dançarinos, músicos e comissão técnica, estudantes ou professores. A cia se originou de um projeto de extensão da Ufes, mas hoje é aberto à comunidade e possui integrantes de outras universidades e escolas do país.
 
Serviço
 
A Cia de Dança Andora apresenta o espetáculo Brasil e os Rituais da Liberdade, nesta terça-feira (1), às 19 horas, no Teatro da Ufes. Entrada Franca. 

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