Segunda, 06 Mai 2024

Itaúnas celebra São Benedito e São Sebastião

Itaúnas celebra São Benedito e São Sebastião

Como já é tradição no me de janeiro, Itaúnas celebra a Festa de São Sebastião e São Benedito. A comemoração é um motivo a mais para rever ou conhecer as famosas dunas que cobriram a antiga Vila de Itaúnas. Participam da festa cerca de 15 grupos que representam toda a diversidade cultural do norte do Espírito Santo.

 
Os festejos começaram dia 11, mas o principal acontece entre esta quinta (17) e o próximo domingo (20). Pela diversidade de grupos folclóricos, a Festa de São Benedito e São Sebastião de Itaúnas é a maior celebração da cultura popular capixaba.
 
Nesta quinta-feira (17), os Ticumbis do de Itaúnas e de Santa Clara promovem ensaios gerais. A manifestação da devoção dos fiéis fica evidente com o início da novena de São Sebastião. 
 
O alvorecer com fogos desperta visitantes e moradores para uma extensa programação, sem hora para acabar, nos dois dias de festejos. O pequeno vilarejo de Conceição da Barra ferve ao receber, ao mesmo tempo, as mais representativas manifestações folclóricas do Estado - como o Jongo, Ticumbi, Reis de Boi, Pastorinhas e Alardo. Os grupos participam diariamente da missa, procissão e se apresentam em frente à igreja, louvando o padroeiro de Itaúnas, São Sebastião, e o santo da devoção popular, São Benedito.
 
No sábado, quando a festa começa oficialmente, a primeira atração chega de canoa pelo rio Itaúnas. Todos os olhares se voltam para o Ticumbi, uma manifestação encenada há mais de 200 anos. No total, são quatro grupos celebrando a brincadeira, que consiste em um duelo bailado, com passos coreografados, entre os “Reis de Congo” e os “Reis de Bamba”. Quem vence a disputa se torna responsável pela organização da Festa de São Benedito. O auto, realizado só por negros, segue o ritmo dos pandeiros, chocalhos de lata e da viola.
 
Ainda no sábado, Itaúnas presencia o primeiro ato do Alardo, representação de uma luta entre mouros e cristãos pela recuperação da imagem de São Sebastião. Neste primeiro momento, os mouros raptam a imagem do santo e a conduzem para uma fortaleza. Eles passam a noite em vigília, mas são derrotados no segundo ato, que será apresentado no domingo. O combate travado nesse segundo dia termina com o resgate da imagem do santo, vitória dos cristãos e conversão dos fiéis.
 
Mestre Neném apresenta no primeiro dia de festa o Reis de Boi. Ele é especialista nesta expressão folclórica, considerada a mais popular da região norte capixaba. Os bichos apavoram a criançada, que corre assustada. O grupo veste máscara de lobo, fantasma, lobisomem, cavalo-marinho, e outras mais que fazem parte do cotidiano sobrenatural da população, sendo o boi a sua principal atração.
 
Doze mulheres, vestindo saia azul, blusa branca e lenço azul na cabeça se reúnem nas tardes do fim de semana festivo para apresentar o Jongo, que vem das regiões das Barreiras e São Bartolomeu, de Conceição da Barra. Elas são acompanhadas por mais três homens tocando tambores e reco-reco. A manifestação, que envolve canto, dança e percussão é considerada a raiz mais primitiva do samba.
 
Outra manifestação folclórica, presente na programação de domingo, é a apresentação das Pastorinhas, que saem cantando suas marchas de rua acompanhadas do povo católico, fiéis às suas devoções na pureza de seus sentimentos. Nas casas onde há presépios, param e cantam anunciando o nascimento de Jesus. O encerramento da festa está marcado para as 18h de domingo, com a procissão de São Sebastião.

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