Sexta, 26 Abril 2024

Servidores denunciam precariedade na estrutura da Rádio e Televisão do Estado

Os servidores que atuam na Rádio e Televisão Espírito Santo (RTV/ES) denunciam o abandono nas instalações improvisadas e a situação precária a que são submetidos. Os problemas vão desde a falta de estrutura das edificações e de equipamentos básicos, até assaltos nas dependências do órgão. 
 
As principais denúncias dão conta que faltam equipamentos básicos para a operação dos meios de comunicação, como microfones e ilhas de edição; demora na compra de materiais essenciais para a produção, como fitas de vídeo; monitores analógicos no controle mestre. Eles convivem também com “gambiarras” elétricas nas instalações; infiltrações nas paredes e no teto; e mofo nos estúdios. 
 
Uma escada da TV Educativa (TVE-ES), que funciona no Teatro Carmélia Maria de Souza, está com degraus quebrados há mais de um ano, sem reparo. Os servidores também denunciam a insegurança nas imediações do prédio. 
 
Recentemente, moradores de rua quebraram um cano e a emissora ficou três dias sem água; uma servidora foi assaltada em frente ao prédio e outra também sofreu tentativa de assalto. Até mesmo o segurança patrimonial teme permanecer no edifício. Um usuário de drogas foi assassinado na calçada do Teatro e outro foi queimado nos fundos do prédio e só não morreu porque foi socorrido pelos servidores. 
 
A situação se agrava nos fins de semana, quando a área da TVE se transforma em um “anexo” do Clube Náutico Brasil, que divide um muro – quebrado – com a emissora. Os frequentadores do baile funk do clube transitam pelos dois locais e alguns fazem uso de drogas dentro da área da TVE. 
 
Os trabalhadores também denunciam a pressão que sofrem. Eles são obrigar a infringir os Códigos de Ética do Servidor Público e o dos Jornalistas, acatando ordens alheias aos interesses da sociedade. 
 
Os servidores levaram todas as insatisfações, além da solicitação de um Plano de Carreira, à direção da RTV, à Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger) e à Superintendência Estadual de Comunicação Social (Secom), mas não tiveram resposta. Somente há sinalização da proposta do Plano de Carreira até 15 de junho.     
 
Em reunião da comissão de negociação realizada nessa quarta-feira (5), os servidores decidiram por reiterar aos comandos da RTV, Seger e Secom, o pedido de uma reunião em prazo máximo de 10 dias. Eles não descartam a deflagração de um movimento de greve caso a negociação não avance.  

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