Domingo, 05 Mai 2024

Presidente do TCE diz que não há um número definido de prefeituras sob investigação

Presidente do TCE diz que não há um número definido de prefeituras sob investigação

O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Sebastião Carlos Ranna, afirmou que além da CMS, outras consultorias atuavam nos mesmo moldes da empresa que tem sido o principal alvo das investigações da Operação Derrama. Ranna confirmou a existência de investigações sobre pelo menos uma dezena de empresas de consultorias no Espírito Santo. Ele esclareceu que não há um número definido de prefeituras que estariam sendo alvo de apurações.



Mesmo adotando um tom de cautela sobre a possível implicação de prefeitos que estão no cargo, o conselheiro citou o caso da CMS em Aracruz, para levantar a possibilidade de um número bem maior de prefeituras serem implicadas em um outro momento. Na fase inicial da operação, a relação de prefeituras investigadas contou com Linhares, Jaguaré, Anchieta, Guarapari, Itapemirim, Marataízes, Jaguaré e Piúma.



O conselheiro também explicou os bastidores do trabalho do TCE para chegar nas consultorias investigadas. Ranna negou a existência de qualquer influência das grandes empresas, principais alvos das consultorias, no curso das investigações deflagradas pela Operação Derrama. “O critério utilizado pela área de inteligência do TCE foi técnico, considerando a relevância e materialidade dos desvios de dinheiro público”, afirmou.



Ele explicou que o principal alvo do levantamento foi o contrato da CMS com a prefeitura de Aracruz, mas durante o transcorrer das investigações foi verificado que a empresa de consultoria possuía contratos com outros oito municípios capixabas. “Então, pedimos informações a outras prefeituras sobre os  pagamentos e repassamos todo esse material para a Polícia Civil e o Ministério Público, que cuidou do restante das investigações”, afirmou.



Segundo Ranna, as investigações sobre a empresa CMS Assessoria e Consultora Ltda foram baseadas no resultado do cruzamento de dados feito pela área de inteligência do tribunal, criada no ano passado. A opção dos envolvidos no esquema em autuar grandes empresas ao invés de mirar pequenas ou médias empresas teria chamado a atenção dos técnicos do TCE.



Entre as grandes empresas que foram vítima do esquema estão companhias como a Petrobras, Aracruz Celulose (hoje Fibria), Nibrasco e até Portocel (porto privado da Aracruz). Apenas em uma das empresas, o valor das atuações teria chegada a casa do meio bilhão de reais, fato que reforçou as suspeitas sobre as cobranças feitas pela empresa contratada por dispensa de licitação.





“O momento é de cautela. Por isso não posso falar sobre outros municípios, mas os contratos estão sob sendo analisados por uma auditoria”, assegurou.

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