Sexta, 17 Mai 2024

Assembleia assume risco de reeleger Ferraço presidente

A Assembleia Legislativa vai para o processo eleitoral para a presidência da Mesa Diretora nesta sexta-feira (1) assumindo um grande risco. Apesar do clima de insegurança política causado pelo envolvimento do nome  do presidente da Casa, Theodorico Ferraço (DEM), na Operação Derrama, a quatro dias da escolha, os deputados já estão decididos em reeleição o demista.



Satisfeito com a gestão de Ferraço, o plenário já havia fechado o acordo para reeleger Ferraço desde o final do ano passado. O presidente da Assembleia assumiu uma postura protecionista e até paternalista em relação aos deputados, protegendo alguns deles que corriam risco de perder mandato e assumindo um discurso ríspido que atendia à Casa, que se protegia atrás de sua personalidade imprevisível e imponderável.



Um exemplo da forma controversa de Ferraço agir à frente da Assembleia voltado para os interesses do Legislativo foi a posse de Paulo Roberto (PMDB), mesmo com todo o indicativo de que a vaga pertencia ao tucano Olmir Castiglioni. Mesmo com toda a suspeição sobre a vaga, ele deu posse ao peemedebista e terá que voltar atrás com a decisão judicial que garantiu o assento ao tucano.



Outro exemplo foi a PEC 85, aprovada no ano passado, e que blinda os ex-prefeitos das ações de primeiro grau. Uma medida que protege o próprio Ferraço, mas que abarca também os deputados com problemas na Justiça.



Essa postura de Ferraço fez com que os parlamentares fizessem vista grossa ao número de processos de improbidade administrativa que o presidente da Assembleia coleciona na segunda instância. Ferraço agora vai travar uma batalha contra o Judiciário e a imagem da Assembleia pode ser afetada nessa disputa.



O fato de o Ministério Público ter dado um parecer sobre o caso, desqualificando as investigações da Derrama, não significa que a pele de Ferraço está salva. O processo segue seu curso e ele pode se complicar no futuro. 



O que chama a atenção na movimentação da Assembleia é que a bancada do PT está fechada com o presidente da Casa, mesmo ele sendo adversário do prefeito petista em Cachoeiro de Itapemirim, o que mostra o nível de comprometimento do plenário com Ferraço.

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