Casagrande está entre os governadores favoritos para se reeleger em 2014
Na disputa eleitoral deste ano entre os governadores dos 26 Estados e do Distrito Federal, ao todo 15 estão aptos para disputar a reeleição este ano. Deste total, 12 vão mesmo para a disputa. Entre os candidatos com chance de reeleição, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, é um dos mais bem cotados, ficando atrás apenas do governador do Acre, Tião Viana (PT).
O cenário analisado pela consultoria Arko Advice, de Brasília, aponta o perfil dos governadores candidatos e leva em consideração as últimas pesquisas realizadas nos Estados. O País deve registrar na disputa de 2014 o menor índice de candidaturas de governadores à reeleição desde 1998.
Dos governadores que disputarão a reeleição, os mais bem avaliados são, por ordem de preferência: Tião Viana, do Acre, com 55% de avaliação positiva. Renato Casagrande (49%), o tucano Beto Richa, do Paraná (45%) e Raimundo Colombo (38%), do PSD, que quer governar Santa Catarina por mais quatro anos.
Na avaliação do cenário capixaba, a consultoria ainda considera a possibilidade de o PT e o PMDB disputarem com o governador Casagrande e, por isso, aponta a perda de força política do socialista. Mas a sinalização nos meios políticos de que poderá haver uma recomposição do palanque de unanimidade no palanque do governador fortalece o nome do socialista na disputa.
Embora a tendência seja a de composição, o grupo do ex-governador tenta confundir o mercado, mantendo viva a possibilidade de o PMDB encabeçar uma chapa ao governo ao lado do PT. Desde o início das conversas sobre o processo eleitoral deste ano, o governador Renato Casagrande vem tentando manter o palanque que o elegeu em 2010 e o primeiro passo foi o de declarar neutralidade na disputa presidencial do próximo ano.
O grupo do ex-governador Paulo Hartung, porém, tentou costurar uma estratégia de esvaziamento do palanque palaciano. As conversas com a cúpula do PT, com a presidente Dilma e com o ex-presidente Lula, indicavam que Hartung estaria dentro da estratégia petista adotada em nível nacional de isolar os palanques socialistas nos Estados. Na época, o senador Ricardo Ferraço (PMDB) chegou a declarar que seria impossível manter a unanimidade no Estado.
Mas o governador e seu antecessor já vinham conversando intensamente sobre a composição. Mas há ainda uma aresta a ser aparada. Casagrande é hoje o maior líder político do Estado, conseguiu isso com o êxito nas eleições municipais e com políticas voltadas para o interior que lhe deram capital político e eleitoral.
O ex-governador, porém, tenta criar a imagem nos meios políticos de que estaria dando as cartas do jogo eleitoral nas articulações eleitorais, mas não é bem assim. Sem conseguir esvaziar o palanque de Casagrande e com o índice de aprovação do governador, enfrentá-lo em uma disputa eleitoral seria um risco político, daí a necessidade de compor a chapa com o governador em vez de enfrentá-lo.
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