O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve começar a analisar o pedido de criação do partido Rede Sustentabilidade nesta terça-feira (22). Parecer da Procuradoria eleitoral foi expedido no último dia 25 de agosto. Agora, o relator do pedido no TSE, ministro João Otávio Noronha, vai apresentar seu voto com base no parecer no parecer.
No Espírito Santo, algumas lideranças políticas estão de olho nas movimentações em Brasília para a criação do novo partido. Entre elas está o prefeito da Serra, Audifax Barcelos. Sua saída do PSB e migração para a Rede Sustentabilidade está ligada ao fato de o prefeito querer um partido para controlar, equilibrando o jogo político com seu principal adversário, o ex-prefeito da Serra, Sérgio Vidigal que comanda o PDT.
Quem também está de olho na criação do partido é o ex-candidato a prefeito de Vitória, Gustavo de Biase, que é o porta-voz do partido no Estado. Ele também vem se movimentando de forma a construir um palanque para a eleição em Vitória e também briga pela criação do partido.
Em 28 de maio deste ano, o partido encaminhou ao Tribunal o novo pedido de registro da Rede, com a adesão de mais 56.128 assinaturas, recolhidas durante as campanhas de coleta realizadas desde o início de 2015. As novas assinaturas completam as 498.652 exigidas para que a Justiça Eleitoral dê aval à criação do partido. O número corresponde a 0,5% dos votos registrados na última eleição para a Câmara dos Deputados, distribuídos em pelo menos nove estados. Em outubro de 2013, o TSE negou registro ao partido, porque a legenda não conseguiu o mínimo exigido. O tribunal só validou 442.524 assinaturas da Rede.
A negativa do TSE impediu que a líder nacional da Rede, a ex-ministra Marina Silva, dipsuta-se a eleição à Presidência pelo novo partido. Sem legenda, ela foi obrigada a se filiar ao PSB e aceitou ser vice de Eduardo Campos. Com a morte inesperada do socialista, Marina acabou disputando a eleição para presidente da República.
