O presidente da Comissão de Segurança da Assembleia, deputado estadual Gilsinho Lopes (PR), é um crítico da atuação do governo na área. Fazendo audiências públicas Estado adentro, conversando com integrantes das polícias e acompanhando os índices de criminalidade, o deputado acredita que falta planejamento e ações integradas para coibir a violência no Estado.
Em entrevista a Século Diário, que vai ao ar neste sábado (29), o deputado defende os investimentos que o governo do Estado fez nos últimos três anos em pessoal e estrutura, mas critica a forma como os gestores das pastas ligadas à área de segurança e Justiça tem comandado os problemas que o Estado enfrenta.
O deputado também comenta sobre o excesso de policiais militares que são tirados das ruas para fazer o serviço de segurança de autoridades que se dizem ameaçadas. O deputado lembra que o cidadão comum não tem direito ao mesmo benefício. Em muitos casos, alerta o deputado, o número de policias empregados na segurança de uma só autoridade daria para cobrir o plantão de vários municípios pequenos.
Um exemplo é o caso do juiz Carlos Eduardo Ribeiro Lemos, que, segundo ele, tem 16 policiais à disposição. Um contingente, afirma o parlamentar, que supriria a falta de efetivo em quatro municípios: Pinheiros, Montanha, Mucurici e Ponto Belo, com sobra de efetivo.
Na entrevista, o deputado fala ainda sobre os problemas na relação da Comissão de Segurança da Assembleia com a Secretaria de Segurança. Dos projetos apresentados e da dificuldade em superar os pareceres de inconstitucionalidade da Comissão de Justiça da Casa.