Estratégia eleitoral pode enfraquecer ainda mais PSDB no Estado
A manobra do ex-governador Paulo Hartung (PMDB) para a eleição deste ano contemplaria o PT nacional e local com a vaga ao Senado para o ex-prefeito de Vitória João Coser e a campanha de Dilma. Mas, ao mesmo tempo, conta com uma ação paralela do PSDB, endurecendo o discurso contra o governador Renato Casagrande.
Essa movimentação reúne o grupo apartidário do ex-governador, contemplando do DEM ao PT, o que garante espaço para seus aliados, caso vença a disputa. No entanto, a escolha do PSDB de manter a candidatura de Guerino Balestrassi ao governo, com um objetivo de radicalizar a disputa contra Casagrande, favorecendo Hartung, pode prejudicar o partido.
O ninho tucano não tem condições de equilibrar a disputa ao governo e nem é essa a intenção. Também fica prejudicado na disputa ao Senado, já que os apoios partidários ficarão divididos entre os dois principais palanques. Com a majoritária enfraquecida, ficará difícil também fortalecer a disputa proporcional.
O PSB nacional, sem compreender as movimentações locais, quer uma aproximação com os tucanos, diante da possibilidade de o PT fechar aliança com o PMDB. Mas a realidade local é outra e dificilmente o PSDB se aproximará do palanque de Casagrande.
Dentro do partido a estratégia é controversa, pois garante o espaço para as mesmas lideranças que sempre estiveram com Hartung, sem competitividade para os demais integrantes do partido. Daí o processo de desgaste que o partido vive há mais de uma década.
Em 2010, o PSDB ficou sem representação na Assembleia Legislativa. O deputado federal César Colnago, presidente do partido, ficou isolado na bancada federal e Luiz Paulo Vellozo Lucas saiu desgastado depois da disputa ao governo. Dois anos depois, a crise se ampliou com o desempenho do partido nas eleições municipais, caindo de 13 para seis municípios. Mas a principal derrota foi na eleição de Vitória, novamente com Luiz Paulo, com o apoio de Hartung.
Em 2010, o PSDB ficou sem representação na Assembleia Legislativa. O deputado federal César Colnago, presidente do partido, ficou isolado na bancada federal e Luiz Paulo Vellozo Lucas saiu desgastado depois da disputa ao governo. Dois anos depois, a crise se ampliou com o desempenho do partido nas eleições municipais, caindo de 13 para seis municípios. Mas a principal derrota foi na eleição de Vitória, novamente com Luiz Paulo, com o apoio de Hartung.
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