Sexta, 03 Mai 2024

Faltando 50 mil assinaturas, Rede pode ficar fora da eleição

Faltando 50 mil assinaturas, Rede pode ficar fora da eleição
Faltando 15 dias para o fim do prazo para as filiações partidárias, as lideranças ligadas à presidenciável Marina Silva já admitem que podem não conseguir as 50 mil assinaturas que ainda faltam para atingir o mínimo necessário para a criação do partido. A possibilidade de o partido não conseguir o aval do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) traz uma lacuna para o eleitorado capixaba.
 
Isso porque a expectativa era de que Marina mantivesse ou ampliasse seu capital eleitoral no Estado na eleição de 2014. Em 2010 ela venceu a disputa presidencial em Vitória e Vila Velha. Para os observadores políticos, as manifestações populares de junho passado aproximavam o eleitorado insatisfeito com política institucional à imagem da ex-senadora.
 
Mas apesar de os organizadores da Rede no Espírito Santo terem conseguido atingir a meta estabelecida para o Estado - 30 mil assinaturas -, o partido não conseguiu o registro. Nacionalmente, a Rede Sustentabilidade não conseguiu validar até agora cerca de 440 mil assinaturas nos cartórios eleitorais. O número mínimo exigido para legalizar a nova agremiação é de 491 mil fichas de apoio.
 
Na disputa presidencial, os apoiadores de Marina Silva já pensavam desde o início do mês em alternativas para manter a candidatura da ex-senadora caso o partido não conseguisse o registro. O plano B seria migrar para o Partido Ecológico Nacional (PEN). Mas resta a dúvida se a ida para um partido tradicional vai preservar a o capital da ex-senadora, depois do discurso de mudança radical na concepção partidária que justifica a criação da Rede.
 
Se na disputa presidencial a não entrada da Rede na eleição abre uma lacuna, em relação às lideranças locais também há dificuldade. Dividido desde seu início, o partido não conseguiu atrair lideranças já conhecidas no mercado político. Para a linha de criação do partido essa é uma boa característica, já que a ideia é justamente de mudar o perfil partidário. 
 
Mas para algumas lideranças insatisfeitas em seus partidos a Rede Solidariedade seria uma alternativa para migrar para outras siglas sem ser pego na regra de infidelidade partidária. 
 
As lideranças do novo partido, porém, não vão desistir antes do fim do prazo. Ainda nesta semana, os coordenadores nacionais da Rede devem enviar requerimento aos presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) pedindo celeridade aos cartórios eleitorais.
 
Ainda há cerca de 80 mil fichas em análise nos cartórios. A legenda tem enfrentado uma taxa nacional de invalidação de assinaturas em torno de 24%.

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