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PCdoB se prepara para receber Givaldo Vieira

Já está tudo certo, falta apenas anunciar a decisão. O deputado federal Givaldo Vieira vai trocar o PT pelo PCdoB, confirmando notícias que circulam no mercado político.

A saída do deputado, embora esperada, representa uma baixa significativa no processo de articulações do PT, considerando o seu potencial de votos, já testado nas urnas.

Do lado dio PCdoB a escolha ocorre pelo viés ideológico, o que fortalece a legenda, considerando que o partido ganhará uma nova conformação liderada pelo deputado. Diferente de mudanças oportunistas comuns nesse período em ano eleitoral.  

Dentro dessa nova conformação, o PCdoB tem chances de eleger um deputado estadual, em consequência de quadros eleitorais próprios e de outros que deverão seguir Givaldo, candidato à reeleição à Câmara dos Deputado.

Ele não sai sozinho do PT. Em torno dele há um grupo coeso contrário à atuação do partido, principalmente a perda daaçao ideológica e a ligação com o governo Paulo Hartung, motivo de conflitos que vieram à tona por oasião da eleição do Diretório Estadual, em abril de 2017. 

O grupo de Givaldo abriu um manifesto dirigido aos integrantes do partido em favor de mudanças no partido. A chapa “Prá voltar a sonhar”, propos um novo projeto de desenvolvimento para o Espírito Santo.
 
No manifesto, a chapa destacou a trajetória de vitórias eleitorais do partido, tendo governado o Espírito Santo e cidades importantes da Grande Vitória e do interior. Mas nos últimos anos, o partido foi perdendo sua identidade aos se submeter a alianças em que aparece como coadjuvante no processo eleitoral.
 
O grupo defende a saída do partido do governo do Estado e condenou a participação no governo Hartung.  Na época, o PT ocupava a  Secrearia de Assistencia Social, comandada pelo ex-prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Carlos Casteglione, por indicação do ex-secretário de Desenvolvimento Urbano, João Coser, aliado de Hartung e atual presidente do partido.
 
A chapa “Pra Voltar a Sonhar” alcançou a maioria dos votos e vai ficar com 26 delegados a mais que as outras chapas que disputaram a eleição para a Presidência do partido.

A possibilidade de união entre os grupos liderados pelo deputado estadual José Carlos Nunes e a outra conduzida pelo grupo do ex-prefeito de Vitória João Coser para manter a hegemonia na sigla não teria mais efeito.

O grupo de Givaldo tentou procurar a quarta chapa, formada pela corrente do Trabalho para unir forças. O pequeno grupo conseguiu 44 votos e dois delegados no Congresso. A chapa de Gilvado conseguiu 2.553 votos, a de Nunes 1.452 votos e a de Coser 1.031 votos em seus respectivos delegados.

A executiva do PT capixaba se reuniu para analisar o relatório eleitoral da primeira etapa do Processo de Eleição Direta (PED) do PT. Surpreendentemente, vários votos foram anulados pela Comissão Eleitoral, sob a justificativa de que não atenderam os “requisitos do processo eleitoral”.

Foram cancelados votos nos municípios em Águia Branca, Alfredo Chaves, Barra de São Francisco, Governador Lindenberg, Ibatiba, Brejetuba, Pinheiros e Santa Teresa. Nessas cidades, Givaldo teve maioria dos votos.

Givaldo, que havia saido do processo eleitoral com 51% dos votos, passou a ter 48% de todos os votos do Estado.  Nunes passou de 28%  para 30,7%. Já a chapa de Coser passou de 19,87% para 20,83%. Isso daria uma soma de 51% entre as chapas de Nunes e Coser.

Correntes do PT ligadas a Givaldo ainda esperam que ele desista, mas no PCdoB a filiação já é dada como certa. 

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