A reeleição do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Erick Musso (PMDB), fica a cada dia mais difícil, de acordo com avaliação do mercado político. Ao contrário do que usualmente ocorre, o parlamentar não soube ampliar suas bases eleitorais, permanecendo no reduzido círculo de seu município, Aracruz, no norte do Estado.
Musso chegou à presidência da Casa com o apoio da ala contrária ao antigo deputado Theodorico Ferraço (DEM), comandada pelo governador Paulo Hartung, com a colaboração do deputado Marcelo Santos (PMDB). Ele foi a saída para superar o interesse de Ferraço em permanecer à frente da Casa, depois de dois mandatos na função.
Político novato, de apenas 30 anos, Erick Musso terá que disputar a reeleição com 16 candidatos em seu município, o que provocará intensa pulverização de votos, considerando um colégio eleitoral de cerca de 50 mil eleitores.
Outro fator pesa na balança: a bancada do seu partido, o PMDB, é composta por sete integrantes. Nomes fortes, em busca de não perder o lugar na Assembleia. Erick até se movimentou nos últimos meses para trocar de partido, o que facilitaria uma acomodação, mas até agora não sinalizou para outro destino.
Além disso, seu principal adversário será o atual presidente da Câmara de Vereadores, Alcântaro Filho (Rede), de 28 anos que, segundo circula em Aracruz, transformou seu gabinete em um autêntico comitê de campanha eleitoral.
O atual presidente tentou eleger-se prefeito em 2016, mas não obteve êxito, mesmo reunindo em seu palanque Hartung, do ex-governador Renato Casagrande e também do deputado federal Marcos Vicente, campeão de emendas parlamentares em Brasília. Foi derrotado pelo atual prefeito Jones Cavaglieri (SD).
Embora jovem, Musso sempre viveu na esfera política. Seguiu o avô, Heraldo Barbosa Musso, prefeito de Aracruz por dois mandatos e deputado estadual por outros três. Ele foi vereador, aos 25 anos, e presidente da Câmara. Em 2014 chegou a deputado estadual com 14.683 votos, sendo alçado depois ao comando do legislativo estadual.