Os olhos dos eleitores de Fundão estão voltados para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). É que está pronto para despacho, a decisão do ministro Luiz Fux sobre o recurso impetrado pelo candidato a prefeito do município Anderson Pedroni (PSD) para tentar validar os votos obtidos na eleição.
Se isso não acontecer até o próximo dia 31, o município terá de adotar a mesma solução temporária de Muqui, no sul do Estado, ou seja, assim que os vereadores forem empossados e elegerem a Mesa Diretora, o presidente da Câmara terá que assumir a prefeitura. Se o TSE validar os votos de Pedroni, ele assume a prefeitura, se isso não acontecer, a cidade terá nova eleição para prefeito.
Pedroni obteve 8.564 votos (77%) na eleição de outubro, mas sua candidatura foi indeferida pela Justiça Eleitoral do município e o indeferimento mantido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Segundo resolução do TSE, como o candidato conseguiu mais de 50% dos votos somados do município, o segundo colocado não poderia ter sido diplomado.
Mas no último dia 16, o juiz eleitoral de Fundão, Alcemir dos Santos Pimentel, diplomou Adriano Ramos (PMN), que alcançou apenas 1.866 votos, menos do que a soma de brancos e nulos e da terceira colocada na disputa, Rita Pimentel (PRB). Além disso, a diplomação não atendeu à legislação, que determina a realização de um ato público.
Pedroni recorreu ao TRE e, nessa sexta-feira (23), o juiz eleitoral Aldary Nunes Júnior expediu uma liminar acatando o recurso e anulou a diplomação de Adriano Ramos. Com a Justiça em recesso, a expectativa no município aumenta, já que a posse dos eleitos será neste domingo (1) e, se a situação não for resolvida até lá, o município deve adotar uma solução provisória.
Neste sentido, a movimentação para a eleição da Mesa Diretora da Câmara deve aumentar. Dos 11 vereadores que vão compor o legislativo municipal a partir deste domingo, oito foram eleitos por partidos que estiveram coligados com Pedroni, o que sugere que ele terá uma base forte no legislativo municipal.