PT capixaba tem dificuldades em atender as metas do partido para as eleições de 2014
O PT capixaba terá dificuldade em cumprir suas metas para 2014 no Estado. Além de eleger o presidente regional da sigla, João Coser, ao Senado, o partido quer erguer o palanque de Dilma Rousseff no Espírito Santo, mas não consegue agrupar aliados que lhe garantam a efetivação do projeto eleitoral.
Nesse sábado (31), a deputada federal Iriny Lopes publicou um artigo em seu site na internet defendendo a candidatura própria do partido ao governo do Estado. A deputada argumenta que tanto um palanque de neutralidade do PSB, do governador Renato Casagrande, quanto à tentativa de composição com o PMDB, de Paulo Hartung, com o PT ocupando a vice, não interessam ao PT, porque nenhuma das opções sugere o fortalecimento da candidatura da presidente Dilma Rousseff no Estado.
“A candidatura própria neste cenário é a única opção coerente com o projeto nacional e com a dignidade e a honra do PT no Estado. Cabe à militância cobrar o debate e colocar sua posição, porque disso depende o futuro do PT no Espírito Santo”, afirmou a deputada.
O posicionamento de Iriny mostra a fragilidade que o partido enfrenta diante das escolhas equivocadas do PT no passado. Desde que passou a integrar a base aliada da unanimidade, o partido perdeu sua principal característica que sempre foi o diálogo com os movimentos sociais. Isso em nome do apoio ao ex-governador Paulo Hartung. Agora é o PT quem precisa do apoio do peemedebista, mas ele reluta em assumir a candidatura da presidente Dilma e tampouco assegura o nome de Coser para disputar o Senado em seu palanque.
Ainda no artigo, Iriny lembra que no encontro estadual do partido, no último dia 24 de maio, foi levantada a tese de candidatura própria e naquele momento Coser reafirmou seu nome para a chapa majoritária. Guilherme Lacerda também disponibilizou o nome para a disputa.
A deputada também critica o posicionamento de algumas lideranças, que acreditam ser possível uma aliança do PT com o DEM. Na semana passada, o vice-presidente do PT, José Carlos Nunes, afirmou que os partidos não devem fazer aliança entre si, mas poderiam discutir a permanência no palanque do PMDB.
“É a mais perfeita ilustração do palanque Frankenstein, sem qualquer identidade com o projeto nacional, que todos nós afirmamos ser o centro da nossa tática. A situação é grave e coloca para todas e todos nós um desafio, que é a garantia de princípios e de história política. Isso é inegociável”, disparou.
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