Rede não libera apoio de filiados ao PT e PSDB nos estados
A movimentação de bastidores entre os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) mexeu novamente com a estrutura eleitoral para o próximo ano. Em 10 estados, incluindo o Espírito Santo, poderá haver cooperação entre os palanques. A Rede Sustentabilidade, que diante da negativa de criação do partido se uniu ao PSB, já acendeu o sinal de alerta orientando as nacionais a não apoiarem candidaturas tucanas e petistas nos Estados.
No Espírito Santo, boa parte dos apoiadores da Rede se filiou ao PSB do governador Renato Casagrande e estarão com ele, em seu palanque, na disputa do próximo ano. Mas internamente, há muitas divergências sobre a postura do partido no palanque de Casagrande.
Recentemente, a ex-senadora Marina Silva afirmou, em entrevista, que a aliança da Rede com o PSB não estabelece para os estados a mesma lógica da disputa nacional, o que causou problemas de interpretação em vários estados.
Tanto que a cúpula da Rede lançou nota para afirmar que a declaração de Marina não foi uma autorização para que os membros do partido possam fazer alianças à revelia do entendimento nacional, sobretudo com as legendas que reforçam a disputa dicotômica entre PT e PSDB.
Neste sentido, o posicionamento de neutralidade do governador Renato Casagrande, que busca manter em seu palanque a unanimidade que o elegeu em 2010, tendo como tripé partidário o PT, o PMDB e o PSB, não interessariam à Rede no Espírito Santo. Tão pouco a presença do Estado no mapa de apoio mútuo entre PSB e PSDB. No Estado, aliás, essa aliança é cotada como de alta possibilidade.
A nota da nacional da Rede deve acirrar ainda mais as discussões em nível regional. Além de insatisfeitos com o tratamento recebido no ninho da pomba, parte dos apoiadores de Marina Silva estão em outros partidos que não o PSB, por não concordarem com a política socialista adotada no Estado.
Veja mais notícias sobre Política.
Comentários: