Senador defende rodízio de poder para justificar candidatura presidencial
Em entrevista ao site Congresso em Foco, nesta sexta-feira (28), o senador Magno Malta (PR) explicou os motivos que o levaram a lançar a candidatura à Presidência da República. Mesmo sabendo que o PR não tem projeto de poder, o senador garante que vai tentar viabilizar seu palanque circulando o País para aumentar seu capital político.
Na entrevista, Malta reconhece a importância do PSDB e do PT, partidos que se alternam no poder há duas décadas. Para Malta, o PSDB implantou os “fundamentos da economia” no País e o PT promoveu a inserção social.
Sobre o fato de o PR estar na base aliada, Malta afirma que o partido conquistou esse lugar por ter ajudado Dilma na campanha de 2010. Ele destaca a influência dele próprio no segundo turno da campanha eleitoral da petista, quando, afirmou , passou 25 dias dentro de um jato e rodando o Brasil para “dessatanizar” Dilma com o eleitorado religioso, em relação à disseminação da ideia de que a presidente seria a favor do aborto, o que afastava o voto evangélico da petista.
Embora o PR considere sua candidatura legitima, o próprio Malta afirma que a construção de um palanque próprio não é uma prioridade para o partido. Mesmo assim, ele aposta na consolidação de seu nome com o eleitorado para convencer o partido a desembarcar do palanque presidencial, embora os meios políticos considerem essa possibilidade muito remota.
Malta afirmou que para isso vai começar a se movimentar pelo País e levantar debates sobre temas, que segundo ele, afligem a população como a legalização do aborto, das drogas e a redução da maioridade penal, que é sua bandeira de luta desde a segunda eleição para o Senado em 2010.
Quando confrontado com os dados estatísticos que mostram que essa não é uma solução para o problema da criminalidade, Malta adota o discurso popular para afirmar que esse é o desejo da maioria da população. Ele também recorre ao apoio de lideranças políticas para justificar sua candidatura.
Nos meios políticos, a candidatura de Malta ganhou várias leituras dentro e fora do Estado. Nacionalmente, a investida foi vista como uma forma de aumentar os créditos do PR no dialogo com o governo federal. Também há quem acredite que a candidatura de Malta seria uma estratégia governista para dividir os votos evangélicos com Marina Silva, virtua vice na chapa do presidenciável Eduardo Campos (PSB).
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