Sexta, 17 Mai 2024

???Vai ser uma lavanderia do tamanho deste prédio em 2014???

???Vai ser uma lavanderia do tamanho deste prédio em 2014???
Rogério Medeiros e Renata Oliveira

Fotos: Gustavo Louzada/Porã
 
 
O ex-vereador Ademar Rocha (PTdoB) é conhecido por suas articulações e boa visão do campo político eleitoral. Embora falte quase um ano para o pleito de 2014, ele já consegue fazer as complicadas contas matemáticas que vão dominar as composições de alianças para a disputa do ano que vem.
 
Ademar mostra como estão sendo feitos os agrupamentos partidários em torno dos nomes colocados para a disputa ao governo do Estado e como isso vai influir na formação das chamadas pernas proporcionais, que garantirão a eleição de muitos candidatos, mas podem também deixar campeões de voto sem mandato.
 
Além das contas matemáticas, Ademar aponta os fenômenos que vão ser fundamentais na eleição do próximo ano, como as redes sociais, as igrejas evangélicas e até o tráfico de drogas, que segundo o ex-vereador, impediu muitos candidatos de subirem os morros na eleição do ano passado, sobretudo na Grande Vitória. 


 
Século Diário – Sua capacidade de visualizar o cenário eleitoral é conhecida nos meios políticos, assim como a de articular coligações proporcionais. Queremos mostrar para o leitor quais as perspectivas das eleições de 2014.
 
Ademar Rocha – Primeiro gostaria de agradecer o convite. Para mim a grande noiva desta eleição, pelos nomes que estão colocados aí, é o PDT, porque ninguém sabe para onde ele vai migrar. Nós temos uma coligação bem fechada em nível nacional do PMDB com o PT. O PMDB com candidato próprio, e o que a gente está vendo aí, a candidatura própria que tem é a do senador Ricardo Ferraço, já que o ex-governador Paulo Hartung não colocou seu nome na disputa. 
 
– Mas em 2010, ele também era candidato. O Paulo Hartung, com a ajuda da pesquisa Futura, consegue se colocar como nome na disputa, sem se colocar. Aí vai cozinhando até às vésperas do processo nas manchetes, podendo disputar o Senado ou o governo. 
 
– Exatamente. Mas colocada a candidatura do Ricardo Ferraço pelo PMDB, temos outro agente que vem sendo colocado de cima para baixo, que é o PSD. Você tem hoje uma perna colocada, que é PMDB, PT e PSD.
 
– Agora a chapa proporcional desse grupo vai ser pesada...
 
– Vai voar caco para todos os lados. Vai ter candidato com mais de 20 mil votos e que vai ficar fora da Assembleia Legislativa. A outra perna que também já está colocada é a do PSB, junto com PPS, com o PV, mais o PP e outros nove partidos [PTC, PHS, PSL, PRB e PTdo B, o PSDC, o SDD (Solidariedade), o PSD e o PRTB] que estão juntos e vaõ fazer uma grande diferença, porque tem chapa completa, com 90 candidatos para estadual. 
 
– E a expectativa é de se conseguir seis vagas?
 
– De quatro a seis vagas. Nós temos chapa completa, digo nós porque estou no PTdoB e faço parte deste bloco. Com certeza elege um deputado federal, com chance de fazer o segundo, com muita chance. 

 
– Quem são os nomes para federal?
 
– Marcus Vicente [PP], Capitão Assunção, Jurandy Loureiro, Capitão Polez, Genaro Sanfoneiro e Devanir Ferreira [PRB], e Rogerinho [PHS]. 
 
– O interessante dessa chapa é que ela tem um equilíbrio de votos, não é?
 
– Temos uma média de 40 mil votos. O Marcus Vicente, que tem média de 60 mil, está fora da Câmara. O Capitão Assumção e Jurandy, também. Se você coloca aí uma média de 40 mil votos, perdendo um terço, já fez meia legenda. Para você ter uma ideia de como essa chapa é competitiva e boa. Outra perna que está colocada também é a do PSDB, com o Guerino Balestrassi, que está aí e não sabemos para onde o DEM vai caminhar, porque o DEM tem andado de mãos dadas com o governador Renato Casagrande. Vêm flertando e estão quase noivos.
 
– O Casagrande é uma grande noiva, todo mundo quer ficar com ele.
 
– Exatamente.
 
– O PSDB tem nomes de peso, mas não se sabe exatamente para onde vão Luiz Paulo Vellozo Lucas, César Colnago, Max Filho....o partido vai ter problema, porque Guerino saiu da disputa para federal. Se não tiver o DEM, corre o risco de não fazer uma cadeira na Câmara dos Deputados.
 
– Não faz. Sem o DEM, o PSDB não têm chapa para federal.
 
– E precisa de um palanque majoritário para dar espaço à candidatura de Aécio Neves no Estado. Alguém vai ter que se sacrificar...
 
– Exatamente. Outra perna é com o PR e PSC e, na minha opinião, pelos índices que estão colocados aí, o Magno Malta é um nome que já está no segundo turno. Com quem, eu não sei. Essa chapa é competitiva e garante a reeleição da esposa [deputada federal Lauriete, PSC] do Magno.
 
– Mas tem uma questão estratégica. Se ele for candidato a governador, Lauriete não deve disputar a reeleição, porque não atrai outras legendas. Fica muito forte.
 
– Acho que para reelegê-la, ele corre o risco. Vai para o sacrifício.
 
– Mas o PR perdeu muitos nomes competitivos. Essa renovação vai garantir uma chapa boa para o PR?
 
– Vai sim. Com o Magno candidato, puxa o voto. Se não tiver candidatura própria do PR, corre risco. Mas com candidatura própria consegue. 
 
– O PR trabalha a possibilidade de o deputado estadual Gilsinho Lopes disputar a federal.
 
– Isso. Cariacica hoje tem um buraco. Só tem o Helder Salomão de candidato e 250 mil votos. Vai polarizar. Diferentemente do próprio Helder, Gilsinho tem votos em outros lugares. Helder é mais centralizado em Cariacica. Gilsinho tem voto em Cariacica, Serra e região serrana. 
 
– Temos que considerar que o prefeito Juninho [PPS] tem a máquina na mão. 
 
– Sim. Um nome que vai ter muito voto é o Capitão Polez, vice-prefeito, do PRB. 
 
– Mas não tem o apoio do Juninho. 
 
– Não tem, mas o Juninho está mal em Cariacica. 
 
– Mal ou bem...
 
– Tem a máquina na mão e garante 30%. Você falou que a noiva é Casagrande, então vamos colocar um noivo. O noivo da eleição é o PDT. Ninguém sabe para onde ele vai.
 
– Mas  é possível saber para onde ele não vai. Ele não vai com o PSB.
 
– No PSB ele não vai por causa do prefeito da Serra, Audifax Barcelos, que é adversário, e se for para lá, fortalece o Audifax. Agora, se for com o PR, garante a eleição do Sérgio Vidigal e a reeleição da Lauriete ou do Gilsinho, quem tiver mais votos. 
 
– Há uma mistura aí de relações políticas e pessoais. De um lado você tem o Magno, que largou tudo, inclusive o PR, para apoiar Vidigal na Serra em 2012; do outro tem Ricardo Ferraço, que tem uma influência desde que era deputado estadual, e com a Assembleia na mão bancou a primeira eleição de Vidigal e teria Casagrande, que está fazendo um bolsão tão grande que cabe todo mundo. Então defini-lo é difícil.
 
– Sim. Tem espaço no caminhão dele. Mas hoje a posição do PDT é uma incógnita. Mas, eleitoralmente, vai garantir a eleição de Vidigal, que está garantida em qualquer lugar. Todo mundo quer o Vidigal, vai ser o puxador de votos. Até porque, 99,9% dos prefeitos eleitos no ano passado não estão bem. Quem perdeu, ano que vem vai sair ganhando.
 
– Nestas composições, corre o risco de ter casamento na delegacia ano que vem?
 
– Acho que mais do que na delegacia, no Judiciário. PMDB com PT vai ser uma pressão de cima para baixo violenta. 
 
– Quem sai perdendo mais?
 
– Quem sai perdendo mais na coligação é o PT, com certeza. Tem muito nome para federal, tem candidato ao Senado. O ex-prefeito João Coser está se colocando como senador. Para federal tem Givaldo Vieira, Iriny Lopes, Helder Salomão e pode ter o Coser. Se o PMDB vier com candidatura do Ricardo, pode ser que Paulo Hartung seja o candidato ao Senado. 
 
– O PMDB não tem candidato a federal. Tem o Lelo Coimbra que ainda não aprendeu a nadar sozinho, precisava de Paulo Hartung para dar as braçadas. 
 
– Só isso. Se a Rose de Freitas não disputar o Senado, pode vir para a federal. Tem Rose e tem Lelo, e aí faz meia legenda. O PMDB faz meia legenda. Agora, eleitoralmente, o PT pode sair perdendo, porque a Rose pode aumentar a votação dela. Se Coser vier, para mim, está eleito para deputado federal. Para senador é uma incógnita. Vai depender do parceiro no palanque. 
 
– Vamos transformar isso em números.
 
– PMDB com PT e PSD faz de dois a três. A chapa do PSB, com PV e o bloco de 10 partidos, vai fazer de três a cinco. PSDB com DEM, se fizer, faz um. PR com PSC, a gente só conhece a Lauriete, que é candidata, e talvez o Gilsinho, se vier, porque se for uma chapa fraca, o Gilsinho não vai encarar, já que tem uma reeleição garantida de deputado estadual. Se furar a legenda, faz um. E o PDT, onde estiver, já faz Vidigal. Na média vai dar os 10.

 
–  E na estadual?
 
–  Estadual vai depender das pernas que forem criadas. Só para se ter uma ideia, o PP, com os nove partidos, faz duas pernas e vai eleger deputado com oito mil votos, enquanto lá no PMDB, vai ter candidato com 20 mil votos que vai ficar de fora.
 
– E o índice de renovação, acredita que será grande?
 
– Passa de 50% na Assembleia e na Câmara dos Deputados. Pela matemática, vai ter deputado, com mandato, que vai ficar de fora, e vai ter gente de fora, com poucos votos, que vai se eleger. Não dá para dizer nomes, porque para federal é mais fácil fazer um diagnóstico.
 
– Tem o pessoal que está fora, principalmente os perdedores de 2012, que vai pressionar esse cenário também. Um Guerino Zanon [PMDB], por exemplo. 
 
– Está eleito. Os prefeitos estão mal. Linhares perdeu R$ 2 milhões do Fundap [Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias] . 
 
– Por falar nisso, tem um partido que não foi colocado nesse bolo, o PTB, que está trabalhando o deputado José Carlos Elias para federal.
 
– Não acredito. PTB vai ficar com PSDB e DEM. 
 
– Ele está fechado com Renato Casagrande. O governador quer que ele saia de Linhares para limpar o campo. Linhares tem vários candidatos a deputado estadual. 
 
–  A chance dele depende de onde vai estar coligado. 
 
–  No PSB tem uma briga boa com o deputado federal Paulo Foletto, o secretário de Esportes Vadinho Leite...
 
– Mas você está esquecendo que nessa perna dos 10 partidos estão duas vagas, nessa composição de três a cinco, neste palanque do Renato. Então a briga aumenta ainda mais. Sobram três para PSB e PPS, tanto que o PPS quer pular no bloco também. Estamos avaliando, porque aí vem o presidente da Câmara de Vitória, Fabrício Gandini, para o grupo. Se o Luiz Paulo não disputar a federal pelo PSDB, Gandini passa de 40 mil votos em Vitória, com o apoio da máquina, com a Câmara na mão. 

 
–  Estadual não dá para prever. Vamos ter fenômenos, como Zé Carlinhos da Fonseca, que ficou de fora com votação estrondosa, e Dary Pagung, eleito com poucos votos. 
 
– Aliás, um partido que se ajeitou bem, principalmente para estadual, é o PRP, que sozinho está com chapa completa e vai ficar com Casagrande. O PRP do Dary, sozinho, tem 90 nomes para estadual. Teve dedo do governo que ajudou a colocar gente no partido. 
 
– Nós temos também esses suplentes que entraram este ano na Assembleia e vão ter dificuldades para se reeleger...
 
– Eu costumo dizer que o segundo mandato é muito mais difícil do que o primeiro, e o terceiro é muito mais fácil que o segundo e o primeiro. Tem aquele estigma do eleitor que não quer perder o voto. Às vezes você assumiu um compromisso na primeira, não consegue cumprir, e a reeleição é difícil. Mas se você vencer a reeleição, o terceiro mandato é mais fácil.
 
– A Assembleia é bem demarcada. São 14 deputados do interior e 16 da Grande Vitória, mas tem um ou outro que são escoteiros. Essa virada do governador para o interior vai acabar beneficiando os deputados de fora da Grande Vitória, não é?
 
– Sim, sim. Quem tiver espaço no helicóptero dele vai estar bem. Quem ele convidar para ir de helicóptero, está bem. Agora se o cara for de carro atrás, tem de ir um dia antes. Quem tem andado muito no helicóptero dele é Vandinho.  Competente, inteligente e bom de voto. 
 
– No Senado a briga também vai ser boa. 
 
– O delegado Fabiano Contarato [PR], com a exposição na mídia, ficou bem na Ana Maria Braga, não é? Não se apresentou como candidato ainda e aparece com 10%. É um índice muito grande. Ele está muito bem nas redes sociais. Posta as coisas e 10 minutos, 15 minutos depois, tem um monte de compartilhamento, curtidas, comentários. No PMDB, se o Paulo Hartung não vier, pode vir uma Rose de Freitas e eu acho que ela disputa até a convenção com o Paulo Hartung. É uma fortíssima candidata. Nós temos o João Coser...
 
– O Coser depende muito do candidato ao governo. Por isso ele insiste tanto no Hartung, e não no Ricardo.
 
– Exato. Está muito ligado a isso. Ele tem um mandato garantido de deputado federal. Senado é uma incógnita, ainda mais se tiver de disputar contra uma Rose e um Contarato. E o [Luiz Sérgio] Aurich, não é, no PSDB?
 
– O PSDB tem duas frentes, colocou-se o nome do coronel Sérgio Aurich,  mas o grupo mais ligado a Hartung tenta emplacar Luiz Paulo Vellozo Lucas. Com Aurich é um nome novo, Luiz Paulo já é diferente.
 
– O Luiz Paulo, se quiser disputar a eleição para a prefeitura de Vitória, deve disputar a eleição de deputado estadual. Ele e Max Filho.  Porque se disputar para a federal e perder, daqui a pouco ganha o carimbo de perdedor. Ele precisa de visibilidade. Na estadual ganha visibilidade e disputa bem a Prefeitura de Vitória. 
 
– O que se fala nos bastidores é que a grande dificuldade de Luiz Paulo é dinheiro. 
 
– Mas essa é a dificuldade de todo mundo. 
 
– Recentemente, o cientista político Antônio Carlos Medeiros destacou, em entrevista a Século Diário, que só há dinheiro para três palanques no Espírito Santo. Alguém vai ter de recuar. 
 
– É o palanque do PMDB com PT, o palanque do PSB, e mais um. É isso aí. 
 
– Contarato mostra o fenômeno crescente das redes sociais e sua influência na eleição.  
 
– Vamos ter três fenômenos nesta eleição muito fortes. O primeiro são as redes sociais; o segundo são as igrejas, a igreja evangélica, principalmente, com influência muito forte e determinando eleição de deputado federal e estadual; e o outro, que sentimos isso na campanha de vereador, foi subir os morros. O tráfico atrapalhou a eleição de muita gente. Tinha que marcar, pedir autorização para subir. Tivemos esse problema na eleição e vamos ter outra vez, isso na Grande Vitória. Mas as redes sociais e as igrejas vão ter muita influência.
 
– E a Igreja Católica?
 
– A informação que temos é de que a Igreja Católica começou a fazer um movimento agora. Mas perdeu muito. Quem tira uma beiradinha do eleitorado dela ainda é o PT. Algumas correntes. Claudio Vereza é um que tira uma parcela forte do eleitorado. Sempre elegeu ele.
 
– Tem um movimento que também está colocado, que é o do Paulo Hartung. Quando ele se coloca para as duas cadeiras de senador e governador, inibe o mercado. Ao mesmo tempo, atrai os que lhe são contrários. Quando vemos o coronel Aurich querendo ser candidato ao Senado, é porque quer o confronto com o Hartung e vai ter espaço para isso.
 
– Você acha que ele vai colocar as cartas na mesa?
 
– Sim. Hartung trabalha no desarme dos adversários, em vez de captar apoios. Então, já tem um problema dentro do PSDB, que é um partido no qual ele tem influências. O ex-governador também tem denúncias de seu governo, como vai pegar um candidato limpinho como Contarato? Então, parece ser preferível ser candidato ao governo, porque não tem embate com o governador Renato Casagrande. Mas tem o Magno. 
 
– Eu falei no inicio da entrevista que se tem um nome no segundo turno, esse nome é o do Magno, independentemente de quem estiver disputando. Ele leva hoje brincando 25% do eleitorado evangélico. É bom de palanque. Com 20 anos de mandato, eu quase chorei em um comício dele em Ibiraçu! Ele mandou uma senhora de idade fechar os olhos e imaginar o filho dela amarrado em uma árvore, mandou ela ouvir o barulho da motosserra cortando os membros do filho dela. As lágrimas correram no rosto da senhora. E ele disse: “eu mandei prender o deputado federal que fazia isso”, falando da CPI do Narcotráfico, quando ele mandou prender o [Hildebrando] Pascoal. E ele conta essa história. Duas mil pessoas no comício e muita gente chorando. Eu quase chorei (risos). Ele é bom de palanque. 
 
– É um perigo. Não acha que na hora que Magno vier para cima, com todo esse discurso, não pode haver uma composição de Casagrande e Hartung?
 
– Pode. Mas onde fica o PT nisso? PT precisa de um palanque. Sabe o que vai acontece, se isso ocorrer? Vai ter uma decisão de cima para baixo para o PT ficar com Magno. Até porque eu, Ademar, não acredito na candidatura de Eduardo Campos [PSB] a presidente. Acredito na candidatura de Marina Silva. Botou Marina, evangélica, mulher, humilde... rapaz, isso muda. A candidatura do PSB é da Marina. Por que ela está perdendo? Porque não se colocou candidata. A partir do momento em que ela se colocar, vai disparar. 
 
– Impressionante nesse quadro todo é Lula, não é?
 
– É impressionante. Se o Contarato conseguisse pegar o Lula com uma garrafa de cachaça na mão, Lula ia convencê-lo de que aquilo era água de coco (risos).  Com o poder de convencimento dele, não tem ninguém.
 
– Voltando ao Hartung, ele tem problemas no PMDB. Se não vier uma decisão da nacional, corre o risco de perder a convenção contra a Rose para o Senado. Além disso, tem a questão de que Casagrande conseguiu formar uma rede por baixo muito forte, atraindo as bases dos partidos, inclusive do PMDB. Não estamos dizendo que isso se transforma em votos, mas do ponto de vista de forças agregadas ao seu palanque, é muito importante. 
 
– E a quantidade de partidos que ele tem hoje. São 14 já certos. 
 
– Nesse sentido a candidatura de Magno ajuda Casagrande...
 
– O confronto do Magno é com o Paulo Hartung. Outra coisa que está muito cristalina para nós, da classe política, é essa coisa da transferência de votos. Não existe mais isso. Nós vimos aqui na eleição de prefeito. O Paulo andando com o Luiz Paulo de mão dada, não transferiu. Para mim, o Magno Malta está no segundo turno com o voto evangélico e classe D e E. Vai ser um confronto bom. Vai ter disputa. 
 
– Não vai ser o mesmo cenário de 2010...
 
– Não, absolutamente. E quando você tem disputa, você tem denúncia, acusações... vai ser uma lavanderia do tamanho deste prédio em 2014. É muita roupa para lavar. E quem vai sair prejudicado, ninguém sabe. Quem vai levar a pior? Esse é o cenário. 

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