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ES teve o maior índice de dengue por 100 mil habitantes no Brasil em 2023

Foram 4,7 mil casos por cada grupo de 100 mil. O total absoluto foi de 191,1 mil casos, com 98 mortes

Dados do Ministério da Saúde apontam que o Espírito Santo foi o estado com o maior índice de casos de dengue por cada grupo de 100 mil habitantes em 2023. Foram 4,7 mil casos por cada grupo. O total absoluto foi de 191,1 mil casos, com 98 mortes. O índice é duas vezes superior ao dos estados de Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná. É, ainda, 127 vezes maior do que o índice de Roraima, que tem o menor, com 37 casos por 100 mil habitantes e nenhuma morte por dengue.

Além de Roraima, configuram entre os menores índices os estados do Maranhão (74 casos e 8 mortes), Pará (71 casos e 8 mortes) e Pernambuco (98 casos e 4 mortes). A unidade federativa na qual houve mais mortes foi São Paulo, totalizando 286 óbitos. Em números absolutos, Minas Gerais registrou 408,3 mil casos. Esse estado é o segundo colocado na incidência, sendo 1,9 mil casos por 100 mil habitantes e 197 mortes, seguindo de Santa Catarina, com 1,8 mil casos e 98 mortes.

Em todo o Brasil foi registrado 1,6 milhão de casos da doença. No ano de 2022 foi 1,3 milhão, um crescimento de 15,8%. A taxa de letalidade, somados os dois últimos anos, foi de 0,07%. No que diz respeito ao ano de 2024, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) por meio da Subsecretaria de Vigilância em Saúde, emitiu um alerta aos profissionais de saúde dos municípios capixabas em decorrência do número de casos notificados referentes às arboviroses, em especial à dengue, observados nas duas primeiras semanas epidemiológicas do ano, ou seja, até 13 de janeiro.
Nesse período, o Espírito Santo registrou 3,1 mil casos de dengue, além de outras arboviroses, como Chikungunya (211) e Zika (63). Em 2023, no mesmo período, foram notificados 3,7 mil casos de dengue, 270 de chikungunya e 113 de Zika. No ano passado, segundo a Sesa, houve a circulação no Espírito Santo dos sorotipos DENV1 e DENV2.
Vacina
Nesse sábado (20) chegou ao Brasil a primeira remessa com cerca de 750 mil doses da vacina contra a dengue que será disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O lote faz parte de um total de 1,32 milhão de doses da vacina fornecidas pela farmacêutica Takeda sem cobrança ao Ministério da Saúde. Uma segunda remessa, com 570 mil doses, tem previsão para ser entregue em fevereiro. O Ministério da Saúde adquiriu, ainda, o quantitativo total disponível pelo fabricante para 2024 – 5,2 milhões de doses – que, de acordo com a previsão informada pela empresa, serão entregues ao longo do ano, até novembro.
A previsão é que cerca de 3,2 milhões de pessoas devem ser vacinadas em 2024, já que o imunizante precisa de duas doses, com intervalo mínimo de três meses. A remessa recebida nesse sábado irá passar pelo processo de liberação da Alfândega e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em seguida será enviada para o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). O Ministério da Saúde solicitou prioridade nestas etapas e a previsão é que todo o procedimento seja concluído ao longo da próxima semana.
O Ministério da Saúde acordou, em conjunto com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), os critérios para a definição dos municípios que irão receber as doses, seguindo as recomendações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
As vacinas serão destinadas a regiões de saúde com municípios de grande porte com alta transmissão nos últimos 10 anos e população residente igual ou maior a 100 mil habitantes, levando também em conta altas taxas nos últimos meses. O público-alvo, em 2024, serão crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue, depois de pessoas idosas, grupo para o qual a vacina não foi liberada pela Anvisa. A lista dos municípios e a estratégia de vacinação serão informadas pelo Ministério da Saúde nos próximos dias. A previsão é que as primeiras doses sejam aplicadas em fevereiro.

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