Senado aprova PEC que garante segurança jurídica ao piso da enfermagem
O Senado aprovou, na sessão desta quinta-feira (2), a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 11/2022, de autoria da senadora Eliziane Gama (Cidadania/MA), que indica a fonte de recurso para o piso salarial da enfermagem. Marcos do Val (Podemos), Rose de Freitas (MDB) e Fabiano Contarato (PT), os três parlamentares da bancada capixaba, foram favoráveis à proposta, cuja aprovação foi unânime entre os senadores. Agora a matéria segue para apreciação na Câmara dos Deputados.
O piso foi aprovado em maio deste ano, por meio do Projeto de Lei (PL) 2.564/2020, de autoria de Contarato, estabelecendo R$ 4,7 mil para enfermeiros; R$ 3,2 mil para técnicos de enfermagem; e R$ 2,7 mil para auxiliares e parteiras. A PEC insere o piso na Constituição Federal, para evitar sua eventual suspensão na Justiça, sob a alegação do chamado "vício de iniciativa", que é quando a proposta é apresentada por um dos poderes sem que a Constituição lhe atribua competência para isso.Durante a votação, Contarato, dirigindo-se aos trabalhadores, destacou o protagonismo da categoria nas mobilizações pela aprovação do piso. "Vocês que foram responsáveis pela aprovação do PL e da PEC. Vocês têm uma força imensurável", disse, incentivando a categoria a ocupar espaço "nas Assembleias de seus estados, nas Câmaras Municipais, prefeituras, governos estaduais, Senado, Câmara Federal e Presidência da República".
O senador também afirmou que "esta Casa está fazendo uma coisa que já deveria ter sido feita há muito tempo" e se colocou à disposição na defesa da carga horária de 30h semanais.
Para a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Espírito Santo (Sindienfermeiros), Valeska Fernandes Morais de Souza, a aprovação da PEC é "mais uma etapa vencida". "Se é para trazer menos impasse e maior segurança jurídica, melhor para nós, pois a aceitação do empregador vai ser com menos ruído", afirma.
Para a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Espírito Santo (Sindienfermeiros), Valeska Fernandes Morais de Souza, a aprovação da PEC é "mais uma etapa vencida". "Se é para trazer menos impasse e maior segurança jurídica, melhor para nós, pois a aceitação do empregador vai ser com menos ruído", afirma.
Valeska destaca que entidades sindicais, como representantes da categoria, após sanção presidencial e implementação do piso, terão que fiscalizar, negociar em casos de não aplicação e judicializar, se necessário. Ela acredita que a resistência maior vai ser em empresas menores, mas defende que elas precisam "se reinventar".
Também tramita na Câmara dos Deputados o PL 1272/22, das deputadas federais Soraya Manato (PTB) e Carmen Zanotto (Cidadania-SC), que inclui as empresas do setor de saúde entre as beneficiárias da desoneração da folha de pagamentos, sendo inseridas na Lei 12.546/11. O regime de urgência para votação de PL foi aprovado em 24 de maio.
Pela lei, a desoneração da folha valerá até o final de 2023, permitindo a redução da carga tributária. Segundo a legislação em vigor, na contribuição para a Previdência Social, as empresas dos 17 setores atualmente beneficiados pagam uma alíquota que varia de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez dos habituais 20% sobre o total de salários.
Piso salarial da Enfermagem é aprovado na Câmara dos Deputados
Proposta teve votos favoráveis dos dez deputados da bancada capixaba. Ao todo, foram 449 votos contra 12
https://www.seculodiario.com.br/saude/criacao-do-piso-salarial-para-a-enfermagem-e-aprovado-na-camara-dos-deputados
''Não existe já ganhou, vamos ter que remar muito para alcançar nosso objetivo'
Coren exalta necessidade de mobilização para aprovar PEC que indica fonte de recurso do piso salarial da enfermagem
https://www.seculodiario.com.br/saude/nao-existe-ja-ganhou-vamos-ter-que-remar-muito-para-alcancar-nosso-objetivo
Veja mais notícias sobre Saúde.
Comentários: