Sábado, 18 Mai 2024

Ao contrário do ES, Minas Gerais divulga estatísticas de crimes além dos homicídios

A Secretaria de Estado de Segurança Pública do Estado (Sesp) deixa de divulgar – além dos dados diários de homicídios – aqueles relativos a crimes violentos, que necessariamente não resultam na morte da vítima. A divulgação desses dados seriam importantes para que a população tivesse a real dimensão da violência. 
 
Ao contrário do Espírito Santo, Minas Gerais sistematiza esses dados. Na reunião do Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp), realizada nessa terça-feira (4) em Belo Horizonte – e que teve a presença do secretario de Estado de Segurança Pública, André Garcia – a Secretaria de Estado de Defesa Social de Minas Gerais (Seds) divulgou o balanço dos primeiros cinco meses de 2013. 
 
No estado mineiro foram registradas 35.325 ocorrências de crimes violentos de janeiro a maio de 2013, contra 29.652 do ano passado, o que representa aumento de 19% nos casos. São caracterizados como crimes violentos, pela Secretaria de Segurança de Minas, além de homicídios, sequestros, roubos, estupros e extorsões. 
 
No Espírito Santo, a Sesp mal divulga os dados de homicídios. O sistema de estatísticas de homicídios ficou fora do ar durante quase um mês, entre abril e maio, retornando na última quarta-feira (30) com dados até o mês de abril. Os dados de maio ainda não foram publicados. Antes da mudança promovido por André Garcia, os dados eram divulgados com apenas 24 horas de atraso.
 
Além de não dar a real noção da ocorrência de crimes que não resultam em morte, os dados também omitem informações sobre as vítimas que poderiam servir de parâmetro para levantamentos de índices de vitimização.  Nome das vítimas, cor de pele, idade e tipo de morte violenta não foram disponibilizados. A nova metodologia de divulgação tira a transparência da informação, que já deixava a desejar. 
 
Ao divulgar as estatísticas de crimes violentos, Minas Gerais permite à população saber que regiões estão sendo mais afetadas e o que deve ser feito para reduzir o número de ocorrências. Já a população capixaba fica “no escuro” quando se tratam de casos de crimes que não resultam em morte, mas que têm impacto igual ou maior na vida da sociedade do que o assassinato, que é o ponto máximo em que a violência pode chegar. 
 
A divulgação extemporânea dos dados pode fazer com que o impacto do crescimento nos casos seja menor e, portanto, que a cobrança por melhores condições de segurança seja tardia. É na divulgação diária de ocorrências de homicídios que a população pode perceber em que momentos e locais que os crimes ocorrem com maior ou menor frequência.

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