Sábado, 18 Mai 2024

Mormo em cavalos da PM-ES deixa polícia mineira 'desmontada'

Mormo em cavalos da PM-ES deixa polícia mineira 'desmontada'
A contaminação dos cavalos do Regimento de Polícia Montada (RPMont) do Espírito Santo pela zoonose mormo provocou transtornos em Minas Gerais e no Distrito Federal. A suspeita de contaminação levou a PM mineira a interdição por um período do regimento de cavalaria naquele estado.
 
 
Os cavalos do Distrito Federal participaram de um torneio no Espírito Santo em abril deste ano. Os animais vindos do DF para o torneio passaram por Minas Gerais, onde ficaram por 18 horas no Regimento de Cavalaria, chegaram ao Estado, participaram da competição, no retorno, pernoitaram novamente em Minas e depois seguiram para o destino final. 
 
Quando os cavalos do regimento do Distrito Federal já estavam de volta à capital federal, chegou ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) a denúncia de que os animais do regimento do Espírito Santo estavam contaminados por mormo e que a doença poderia ter sido transmitida para os animais mineiros, por meio dos cavalos de Brasília . A informação provocou a interdição preventiva do regimento, em 20 de maio, até a conclusão dos exames nos 276 animais que atuam no policiamento ostensivo de Belo Horizonte.
 
Após o resultado negativo dos exames nos cavalos de Minas, os animais retornaram ao policiamento ostensivo de Belo Horizonte. 
 
É importante frisar que o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) confirmou o mormo nos cavalos do Estado em 10 de maio, mas foi uma denúncia anônima – e não uma notificação oficial do governo – que chegou ao IMA. 
 
A PM do Distrito Federal também foi notificada pela de Minas Gerais – e não pela PM do Espírito Santo – da ocorrência de mormo no Estado. Na capital, os animais que participaram da competição passaram por exames assim que foram informados da doença e todos deram negativo, não sendo constatados sintomas clínicos nem diagnosticada a zoonose. 
 
No Espírito Santo, o Idaf confirmou a contaminação e posterior eutanásia de seis animais do Regimento de Polícia Montada. Além da interdição , foi iniciada uma quarentena RPMont.
 
Além do Regimento, também foram interditadas outras oito propriedades particulares que tiveram contato com os animais contaminados nos municípios de Cariacica, Serra, Vila Velha, Fundão e Cachoeiro de Itapemirim (sul do Estado). 
 
O policiamento ostensivo com o auxílio de cavalos foi substituído pelo motorizado e a pé por conta da interdição do Regimento. Os outros 121 animais do regimento, mesmo não apresentando sintomas, também passaram por exames. 
 
A última aquisição de animais pelo RPMont foi feita em dezembro de 2012, em transação com a empresa CSL Produção Rural Ltda, razão social da Coudelaria Souza Leão, localizada no Pernambuco. O valor do contrato entre o Estado e a empresa e de R$ 822.283, sendo que a empresa venceu os dois lotes da licitação para a fornecimento de equinos, o primeiro no valor unitário de R$ 19.134 e o segundo de R$ 21.779. Foram adquiridos 35 equinos e sete éguas matrizes, para serem usados no policiamento ostensivo e para fins de reprodução. 
 
Ainda não se sabe se os animais infectados fazem parte do plantel pernambucano de quase R$ 1 milhão, se já foram adquiridos contaminados ou se foram infectados no Estado, que era o único da região Sudeste sem a ocorrência de mormo até a descoberta nos animais da Polícia Militar.

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