Metalúrgicos rejeitam proposta de empresários do grupo Sindifer
Nesta quarta-feira (26) o Sindicato dos Metalúrgicos do Estado (Sindimetal-ES) realizou assembleias com os trabalhadores para apresentar as propostas das empresas que compõem o grupo do Sindicato das Industrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado (Sindifer-ES) para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2014/2015. Nos encontros, os metalúrgicos rejeitaram as propostas dos patrões.
A proposta rejeitada consistia em reajuste de 7%, considerado baixo pelos trabalhadores, por não representar ganho real.
Em contrapartida, os metalúrgicos reapresentaram a proposta que consiste em reajuste de 9,34%, que contempla a inflação segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e 3% de ganho real; tíquete-alimentação de R$300,00 para os trabalhadores que atuam nos grandes complexos (Vale, ArcelorMittal Tubarão, ArcelorMittal Cariacica, Fibria, Petrobras, Portocel e Canexus); tíquete-alimentação de R$250,00 para os trabalhadores que atuam fora dos grandes complexos; retirar da CCT a cláusula 23 que trata do turno de revezamentos; redução da jornada de trabalho para 40 horas, sem redução de salário; e plano de saúde extensivo à família.
Caso não haja acordo com os empresários, o Sindimetal sinaliza que pode haver paralisação dos trabalhadores ainda na próxima semana.
No início de novembro, os trabalhadores já haviam rejeitado proposta dos patrões, que consistia apenas no reajuste da inflação INPC, sem ganho real, para todas as cláusulas econômicas.
A campanha salarial dos trabalhadores metalúrgicos teve início em setembro último, com o tema "Menos Horas Mais Futuro" e o slogan "Reduzir a Jornada de Trabalho é Garantir Mais Qualidade de Vida". Os trabalhadores pleiteiam, além das propostas econômicas, redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem redução salarial.
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